Influenciadores e artistas se mobilizam para ajudar vítimas no Rio Grande do Sul

Felipe Neto, Whindersson Nunes e Emicida (Foto: Composição/Paulo Dutra/Cenarium)
Filipe Távora – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – Inúmeros influenciadores digitais abriram campanhas ou mobilizaram conteúdo midiático voltado ao auxílio das vítimas dos fenômenos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul. As fortes chuvas geraram 107 mortes, 374 feridos e 136 desaparecidos, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou na quarta-feira, 4.

Felipe Neto, um dos pioneiros da produção de vídeos para o YouTube, postou no X uma série de vídeos em que anuncia a chegada de purificadores de água no Rio Grande do Sul. Segundo post publicado no Instagram, o influenciador afirmou que arrecadou R$ 4.8 milhões e declarou que os purificadores seriam transportados ao RS por meio de um avião da Força Aérea Brasileira.

Os gaúchos da banda Fresno se aliaram ao podcast PodPah e realizaram transmissão musical na terça-feira, 7. Seu Jorge, Emicida, Gustavo Mioto, Lucas Lima e Dinho Ouro Preto foram alguns dos artistas que estiverem presentes. As cantoras Pitty e Ludmilla também fizeram parte do projeto, participando por um link ao vivo. Lucas anunciou que o valor das doações havia ultrapassado R$ 2 milhões.

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A chef de cozinha gaúcha Helena Rizzo, uma das juradas do popular programa de competição culinária Masterchef, divulgou uma campanha de solidariedade nas redes sociais e disse sentir tristeza, angústia e impotência diante do ocorrido.

Em um vídeo publicado nas redes, Rizzo fez um apelo a São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro. “Estou em contato com alguns amigos, algumas organizações, sobretudo de cozinha. Eles precisam muito de doação de água potável e embalagens para marmita. O melhor caminho são os correios dessas cidades que citei. Quem puder fazer, é urgente!”, escreveu.

Whindersson Nunes publicou em uma rede social que desenvolveu um modelo 3D de um projeto que utiliza oito garradas pet e pode sustentar uma pessoa. “Quatro (com 8/1 garrafas por modelo) fazem um cavalo de 500kg flutuar na água. Ideias pra situações como essa triste do vídeo do cavalo isolado”, escreveu.

Crítica e vaquinha

A cantora gaúcha Luísa Sonza usou as redes sociais para afirmar que conseguiu arrecadar quase R$ 1 milhão. Ela pediu para que a sociedade não esqueça o estado e afirmou que RS precisará ser reconstruído.

“Esse é o meu estado, minha casa, de onde eu vim. Meu lugar. É uma dor tão grande que não dá pra mensurar, estou trabalhando incansavelmente todos os dias, em vários grupos de pessoas locais, de resgate e pedindo ajuda de pessoas influentes e famosas”, postou.

O comediante gaúcho Rafinha Bastos divulgou doação feita em dinheiro ao Estado e pediu que as pessoas ajudem como puderem. “O Rio Grande do Sul precisa muito da nossa força. Se você não tem uma grana para doar, pode ajudar com mantimentos, comida. Vamos ajudar o Rio Grande do Sul a se reconstruir”, disse.

O humorista Eduardo Gustavo Christ, o “Badin, o Colono”, busca inspiração na cultura dos colonos do sul e postou um vídeo em que pediu a prefeitos que “adotem cidades” afetadas pelas chuvas por meio de investimento de recursos para reconstrução de locais destruídos pelo clima.

“Imagina, se os prefeitos adotassem uma cidade. Precisa de muita máquina para reconstruir estradas do interior. Aqui, onde estou, o parque de máquinas se foi, então comprá-las é inviável, mas se pegássemos recursos de outras cidades, seria muito mais fácil”, disse.

A vaquinha “A Maior Campanha Solidária do RS” arrecadou R$ 60.127.336,10 até o fechamento desta matéria. Ela foi criada por meio de colaboração entre “Instituto Vakinha”, o “Pretinho Básico” e o “Badin Colono”.

Ian Garbinatto, dono da marca “O Cara do Metal”, mora em Porto Alegre e resolveu usar a conta no Instagram para divulgar endereços de pessoas necessitadas de resgate. “Se tens jet ski ou uma forma de ajudar, por favor, vai lá, pega os endereços e salva as pessoas”, declarou. O artista produz vídeos sobre heavy metal.

Em todo o Estado, 1.476.170 pessoas foram afetadas em 425 municípios. Desse total, 163.786 estão desalojadas e 67.428 foram levadas a abrigos temporários.

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Editado por Aldizangela Brito
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