Instituto promove evento para debater o combate à fome com o tema ‘Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais’


25 de maio de 2021
Não dá para agir como se este problema não existisse mais no Brasil
Não dá para agir como se este problema não existisse mais no Brasil", diz secretário-geral (Reprodução/CPT Nacional)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – No próximo dia 10 de junho, o Instituto Fome Zero vai realizar uma live com o tema “Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais Contra a Fome”. A transmissão será realizada pelo canal oficial do instituto na plataforma YouTube a partir das 18h (horário de Brasília).

A live vai contar com a participação de pessoas ligadas aos movimentos indígenas. Nomes como o do secretário-geral do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Dione Torquato, e a indígena do Povo Arapasso e assessora política da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Rosimere Teles, são presenças confirmadas no evento que visa debater os desafios das populações indígenas, extrativistas e quilombolas no combate à fome.

“A gente vive um momento de retrocesso nas políticas sociais no Brasil e isso tem impactado diretamente nas populações extrativistas, indígenas e quilombolas. Vamos discutir isso dentro desse contexto da pandemia e esse momento que estamos passando agora como a cheia e como essa população fica mais exposta diante desse fenômeno que tem ocorrido”, explica Dione.

O evento será transmitido pelo canal no YouTube (Reprodução/ Divulgação)

Quilombolas

Além dos convidados acima, o evento também vai contar com a participação da Coordenadora Executiva da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos – (Conaq), Sandra Braga, que traz a perspectiva do povo quilombola diante do assunto abordado.

“É importante também a participação dela nesse encontro. A comunidade do quilombo também está incluída na situação difícil e de vulnerabilidade. Inclusive, o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar já aponta um aumento da fome no País e obviamente essas populações sempre são as mais impactadas”, explica Diones.

Políticas Públicas

A falta de apoio, de iniciativas e de políticas públicas voltadas para essas famílias também serão temas abordados pelos participantes. Dione alega que as comunidades atingidas pela cheia e pela pandemia necessitam muito além de cestas básicas e materiais de limpeza. Ele explica que as famílias estão perdendo produção, sendo inviabilizadas de venderem o que produzem por conta da pandemia, impactando diretamente na mesa dessas pessoas.

“É importante lives e discussões sobre a fome no País. Não dá para agir como se este problema não existisse mais no Brasil. A gente sabe que é um desafio muito grande combater a fome, mas precisamos falar sobre ela, pensar em modos de, ao menos, diminuir essa triste realidade”, finaliza Diones.

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