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Líder nacional em cultura de empreendedorismo, Boa Vista celebra 133 anos
Capital se destaca no cenário do empreendedorismo (Yan Costa/PMBV-Semuc)
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09 de julho de 2023
Bianca Diniz – Da Revista Cenarium
BOA VISTA (RR) – A capital de Roraima, Boa Vista, comemora 133 anos de história neste domingo, 9. Reconhecida como capital da primeira infância, “BV”, como é chamada, também se tornou a cidade brasileira que mais promove a cultura do empreendedorismo e viu a população crescer 45,43% nos últimos 12 anos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital possui 413.486 habitantes. O número representa um grande aumento em relação ao Censo de 2010, que registrava 284.258 habitantes na cidade. Um dos fatores que contribuiu para esse crescimento foi a migração venezuelana.
O Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023 apontou que Boa Vista lidera o ranking nacional em relação à cultura empreendedora no Brasil, sendo responsável pela maior fomentação de oportunidades do trabalho criativo e do trabalho mais integrado. A cidade subiu 41 posições na lista desde a última edição, realizada ano passado.
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Polo de empreendedorismo
A capital também conquistou a 6ª posição entre os melhores lugares para empreender em todo o País, além de possuir o 7° maior mercado brasileiro. Por meio da Agência Municipal de Empreendedorismo de Boa Vista (AME BV), a prefeitura municipal de Boa Vista (PMBV) investiu R$ 1,5 milhão em negócios locais.
A diretora-presidente da AME, Luciana Surita, destaca o público empreendedor como prioridade. “Em um ano de existência, a agência já contabiliza mais de R$ 1,5 milhão investido nos empreendedores da capital e queremos avançar. Nós priorizamos aqueles que desejam impulsionar seus negócios com a linha de crédito ofertada”.
BV tem dado prioridade máxima a projetos direcionados às crianças, abrangendo áreas desde a educação até o lazer. Entre eles, o Família Que Acolhe (FQA) se destaca, com o objetivo de promover a integração de ações nas áreas de saúde, educação e assistência social, com foco nos cuidados desde a gestação até os seis anos. Cerca de 29.819 gestantes já foram atendidas pelo FQA.
A implementação de outras iniciativas também visam transformar continuamente a realidade boa-vistense para as crianças, como a revitalização de espaços públicos, construção de praças recreativas e paradas de ônibus temáticas. Todos os projetos foram desenvolvidos com o objetivo de proporcionar segurança e um ambiente acolhedor para as crianças.
Para a prefeitura municipal de Boa Vista, em meio ao crescimento populacional, as políticas públicas impulsionam o desenvolvimento e melhoram a qualidade de vida na capital que se tornou rota de migração. O compromisso com a inclusão abrange todas as faixas etárias, desde adolescentes e jovens até mulheres e idosos.
Investimentos por área
A Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada para o ano de 2023, em Boa Vista, destaca os principais investimentos direcionados para setores-chave da cidade. De acordo com a LOA, as áreas que receberão os maiores investimentos são: educação, com um montante de R$ 536,9 milhões, urbanismo, com R$ 355,4 milhões, saúde, com R$ 273,1 milhões, e administração, com R$ 232,7 milhões.
Além disso, a Câmara Municipal de Boa Vista deve ter um orçamento de R$ 54,6 milhões, representando um aumento de 12% em relação ao ano de 2022.
Fluxo migratório
De acordo com as projeções da população, Boa Vista é a capital do único Estado brasileiro em que a migração internacional foi considerada nos cálculos populacionais. Especificamente, devido ao intenso fluxo migratório de venezuelanos para a região, desde 2015 (início da crise no País) tem-se gerado a necessidade de adaptações e ajustes em relação a demandas específicas para a cidade, principalmente no que se refere a respeito, infraestrutura e questões sociais.
Refugiados e migrantes têm se instalado diariamente em abrigos coordenados pelo Acordo de Cooperação entre a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) em Boa Vista. Em 2022, aproximadamente 750 mil venezuelanos que chegaram ao País nos últimos anos usaram a cidade como rota, dos quais cerca de 350 mil optaram por permanecer em médio e longo prazo. Esses números colocam Boa Vista como o segundo destino mais escolhido pelos migrantes, ficando atrás apenas de Pacaraima, uma cidade no interior do Estado, na fronteira com a Venezuela.
O professor de filosofia e sociologia, mestre em Direito Internacional e pesquisador da Universidade Federal de Roraima (UFRR), João Carlos Jarochisnki, enfatiza que o crescimento populacional decorrente da chegada dos migrantes pode trazer benefícios significativos para a economia do Estado e da capital Boa Vista. Segundo Jarochisnki, essa possibilidade se baseia no fato de que uma parcela considerável dos venezuelanos é composta por jovens em idade produtiva, o que impulsiona a criação de empregos.
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