Liniker é a primeira travesti a tomar posse na Academia Brasileira de Cultura

A cantora Liniker e artistas nomeados tomam posse na Academia Brasileira de Cultura (ABC) (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium Amazônia*

RIO DE JANEIRO (RJ) – A cantora Liniker tomou posse na terça-feira, 14, como imortal na Academia Brasileira de Cultura (ABC). Ela é a primeira travesti a ocupar uma cadeira na ABC, preenchendo o assento de número 51, que pertencia à artista Elza Soares.

Além de Liniker, as ministras Sonia Guajajara e Margareth Menezes, dos Povos Indígenas e da Cultura, também foram empossadas.

Os outros nomes que fazem parte desse novo grupo são: Alcione, Daniela Mercury, Glória Pires, Conceição Evaristo, Viviane Mosé, Juma Xipaia, José Luiz Ribeiro, Vanessa Giácomo, Antenor Neto e Luana Xavier. Eles se juntam a outros membros mais antigos, como Ana Botafogo, Zeca Pagodinho, Fátima Bernardes, Elisa Lucinda, Christiane Torloni, Lilia Cabral, Ney Latorraca, Beth Goulart, Rosamaria Murtinho, Gabriel Chalita e o maestro Isaac Karabtchevsky.

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“Ser a primeira vez que uma travesti é empossada na Academia Brasileira de Cultura é muito importante e fundamental para a cultura do nosso País, que abre esse mapa de diversidade e excelência. Mas esse lugar não pode ser só meu, tem que ser constante a cada novo membro”, disse a cantora.

As cantoras Liniker e Daniela Mercury tomam posse com outros artistas nomeados à Academia Brasileira de Cultura (Fernando Frazão/Agência Brasil)

“Essa academia traz representatividade, cultura mais ampla e se torna um símbolo do povo brasileiro”, disse Margareth.

A cadeira de número 16 vai ser ocupada pela ministra Sonia Guajajara e tem como patrono um integrante do mesmo povo, Paulo Paulino Guajajara, assassinado em 2019 no Maranhão.

A Academia Brasileira de Cultura foi criada em 2021 para fortalecer o setor cultural do País. Ela é presidida pelo educador Carlos Alberto Serpa. O número total de membros é de 56. A missão da instituição é reunir personalidades de diferentes setores artísticos e promover a valorização da memória cultural brasileira.

(*) Com informações da Agência Brasil
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