Lira cobra maior envolvimento do governo na reforma do Imposto de Renda


18 de agosto de 2021
Lira cobra maior envolvimento do governo na reforma do Imposto de Renda
Sem acordo, a Câmara adiou novamente nessa terça-feira a votação do projeto (Pablo Jacob / O Globo)

Com informações do InfoGlobo

BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a reforma do Imposto de Renda será votada, apesar dos seguidos adiamentos na apreciação da matéria e em um momento em que aumentam os questionamentos da viabilidade do projeto, que enfrenta resistências de empresários, Estados e municípios. Sem acordo, a Câmara adiou novamente nessa terça-feira a votação do projeto.

Lira também cobrou maior envolvimento do governo na defesa da proposta. Destacou que o projeto tem reflexos no novo programa social, ao propor a taxação de dividendos como uma fonte permanente de recursos para custear o Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família, além de corrigir algumas distorções do sistema.

Nesta quarta-feira, 18, o relator da reforma do IR, Celso Sabino (PSDB-PA), disse que o lobby pela não tributação de dividendos acabou brecando o avanço da proposta. Lira mencionou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem tido uma atuação técnica nos bastidores, mas que falta articulação política para fazer a proposta avançar. Disse que vai procurar os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da secretária de Governo, Flávia Arruda, que têm essa função.

Ele destacou que o projeto continua na pauta do plenário da Casa e que vai procurar todos os parlamentares da base e da oposição na tentativa de costurar um acordo que permita aprovar o texto base na próxima semana e os destaques, posteriormente.

“Esse projeto não vai para a gaveta. Ele vai ser discutido mais algumas vezes, está na pauta e será votado.  O governo, realmente, tem que entrar para cobrar da base até porque o projeto tem reflexos no novo programa social”, disse Lira ao GLOBO.

De forma reservada, deputados da base governista cobram envolvimento do presidente Jair Bolsonaro, que não dá “um pio” a favor do projeto. Se a reforma passar, a arrecadação do governo pode aumentar, mas o governo parece não estar priorizando o projeto.

Barros destacou que os parlamentares não se sentem confortáveis para votar, porque os cálculos sobre o impacto das mudanças não são confiáveis.

O vice-líder do PSD, deputado Marco Bertaiolli (SP), um dos defensores do projeto, disse que a Receita Federal precisa abrir os números para as bancadas. O presidente da Câmara sinalizou não concordar com o escalonamento na taxação de dividendos de 20%, conforme defendem alguns líderes. Segundo ele, isso iria na direção contrária da simplificação do sistema. Nos bastidores, a equipe econômica também não concorda em ceder neste ponto.

Lira, por sua vez, voltou a insistir na tese de aprovar primeiro o texto base da reforma, e depois tentar resolver as polêmicas. Segundo ele, as divergências dos partidos em relação ao texto poderão ser enfrentadas no voto dos destaques.   

O presidente da Câmara sinalizou não concordar com o escalonamento na taxação de dividendos de 20%, conforme defendem alguns líderes. Segundo ele, isso iria na direção contrária da simplificação do sistema. Nos bastidores, a equipe econômica também não concorda em ceder neste ponto.

Barros destacou que os parlamentares não se sentem confortáveis para votar porque os cálculos sobre o impacto das mudanças não são confiáveis. O vice-líder do PSD, deputado Marco Bertaiolli (SP), um dos defensores do projeto, disse que a Receita Federal precisa abrir os números para as bancadas. “A ausência do governo no debate desse projeto é total”, disse o parlamentar.

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