Livro “Continuo Preta” conta vida de Sueli Carneiro com história na 1ª pessoa do plural


10 de maio de 2021
Livro “Continuo Preta” conta vida de Sueli Carneiro com história na 1ª pessoa do plural
A biografia narra a história de uma das maiores intelectuais brasileiras (Reprodução / Instagram)

Com informações do Site Brasil de Fato

SÃO PAULO – Escrita pela jornalista Bianca Santana, a biografia “Continuo Preta”, que narra a história de Sueli Carneiro, uma das maiores intelectuais brasileiras e expoente do movimento negro, será lançada nesta terça-feira, 11, pela Companhia das Letras.

O livro mostra Sueli Carneiro, fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, e suas exuberantes conquistas, que a tornaram um símbolo para as mulheres negras do país e o estopim de um movimento que culminou em lideranças como Marielle Franco, Djamila Ribeiro e a própria autora da biografia, Bianca Santana.

“Eu tenho a honra e a alegria de ser da mesma geração de Aurea Carolina (deputada federal), Elaine Mineiro (vereadora em São Paulo), entre tantas outras que atuam no movimento negro a partir de um lugar aberto por outras mulheres negras. Sem dúvida, Sueli Carneiro foi fundamental para abrir esses caminhos”, afirma Santana, em conversa com o Brasil de Fato.

O texto apresenta histórias que a vida discreta de Sueli Carneiro não havia permitido que chegassem ao público. Mas nas primeiras entrevistas, como explica Santana, a filósofa resistiu. “Ela disse, desde o primeiro momento, que não tinha interesse em contar da vida dela, que achava que não havia nada especial, a ideia era compartilhar repertório de luta. Todas as perguntas políticas rendiam muito, e as perguntas pessoais, no começo, não rendiam nada.”

O texto de Bianca Santana mostra a infância de Carneiro e o tempo de colégio, quando era “a menina preta da escola”: “Essa menina preta, somente ela de preta na escola, sempre soube o quão racista era o país. Isso acompanha Sueli ao longo da vida, ela sempre soube que era preta, mas sempre soube que ocupar o mundo branco era essencial para outras pretas e pretos desse país.”

A jornalista encerrou a entrevista com uma pergunta que joga luz sobre o entendimento da trajetória de sua biografada. “Uma das dificuldades de fazer a biografia da Sueli Carneiro é contar uma história individual, quando a biografada tem certeza de que toda sua atuação política foi coletiva. Então, como narrar na primeira pessoa do singular, uma história que é primeira pessoa do plural?” Leia a entrevista completa no Brasil de Fato.

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.