Lula com colete em eventos abertos sinaliza que violência preocupa comando da campanha


08 de julho de 2022
Lula com colete em eventos abertos sinaliza que violência preocupa comando da campanha
A pré-campanha avalia que o objetivo dos atos de violência é assustar apoiadores de Lula e tentar evitar que o petista vá para as ruas (Thiago Alencar/CENARIUM)

A coordenação da campanha Lula-Alckmin confirmou que o ex-presidente usou colete à prova de balas no ato da Cinelândia, na última quinta-feira, 7, no Rio. Foi o primeiro ato aberto em espaço público da pré-campanha e mais uma vez foi registrado episódio de violência. Duas bombas de fabricação caseira foram lançadas sobre a plateia por uma pessoa que estava do lado de fora das placas que cercavam o local do evento. A equipe de Lula não comenta, mas fontes garantem que ele deve voltar a usar o colete em outros eventos. A pré-campanha avalia que o objetivo dos atos de violência é assustar apoiadores de Lula e tentar evitar que o petista vá para as ruas.

Golaço

O apoio do PSD e de Gilberto Kassab à campanha de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo foi considerado pelo Planalto um “golaço” da campanha do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro. Ainda que Gilberto Kassab insista em dizer que se manterá neutro em relação à campanha presidencial, a ajuda a Tarcísio beneficia o presidente. Na avaliação de um interlocutor do presidente, dará “um gás” à campanha de Tarcísio, o ajudará a subir nas pesquisas, deixando para trás o governador Rodrigo Garcia. De qualquer forma, os bolsonaristas continuarão poupando Garcia das críticas em nome do pragmatismo.

Palanque a Bivar

Falando no governador Rodrigo Garcia, a sua ida à pré-convenção do União Brasil, prevista para esse sábado deverá selar a paz entre as duas legendas já que o tucano estava sofrendo certa resistência do UB no Estado. Garcia participa do evento com o pré-candidato a presidente Luciano Bivar. Apesar de apoiar Simone Tebet, do MDB, Garcia já deixou claro que Bivar terá seu palanque em São Paulo também. Ainda falta definir, nessa chapa, quem será o candidato ao Senado.

Pacote de bondades adiado

Apesar de o governo não ter conseguido votar nesta semana a PEC da Bondade, a semana foi considerada pelo Planalto e a equipe de campanha como “muito positiva”. As pesquisas trouxeram dados considerados bons, como a redução da rejeição ao presidente Bolsonaro no Nordeste e no Sudeste. Também houve melhora da aceitação do presidente entre o público feminino, mesmo com as denúncias de assédio pelo ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. E parcela da população reconheceu que Bolsonaro está tentando resolver o problema dos preços altos dos combustíveis e que está tendo sucesso nessa batalha.

Indecisos

Outra avaliação do Planalto é que essa percepção tem chances de se transformar em votos entre os indecisos. O alívio para o Planalto e para a campanha veio depois de duas semanas de sufoco. Primeiro, com a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e com a tentativa de envolver o presidente nas denúncias. Depois, com o escândalo de Pedro Guimarães. O governo sabe que este é apenas um alívio passageiro, já que o Bolsonaro continuará a ser o alvo de ataques. No fim de semana, Bolsonaro estará em SP e Uberlândia, participando de duas Marchas para Jesus, seguindo na busca pelo voto dos evangélicos.

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