Lula ‘esquenta’ semana com afagos ao agro enquanto MP da Crise Hídrica esfria no Congresso


17 de outubro de 2021
Lula ‘esquenta’ semana com afagos ao agro enquanto MP da Crise Hídrica esfria no Congresso
Lula ao lado do ex-governador Blairo Maggi, citado pelo ex-presidente em entrevista. (Reprodução/Ricardo Stuckert)
Via Brasília – Da Cenarium

Acenos

Depois de reabrir o diálogo com partidos fora do campo da esquerda, como o MDB, o ex-presidente Lula continua fazendo acenos para setores com os quais teve proximidade, mas se afastou depois do impeachment de Dilma, Lava Jato e eleição de Bolsonaro. Chegou a vez do agronegócio. Lula deu entrevista à rádio de Dourados, do Mato Grosso do Sul, e lembrou dos agrados de seu governo ao setor. “No nosso governo o agronegócio foi tratado com muito carinho. Você nunca me viu fazer um discurso contra o agronegócio”.

Agro é pop

O petista lembrou que em seu governo foi feita uma Medida Provisória que perdoou R$ 74 bilhões em dívidas de grandes produtores, os juros das linhas de créditos para compra de maquinário eram de 3% ao ano e houve uma conciliação entre os interesses de pequenos agricultores, grandes latifundiários e grupos que integram a órbita do PT, como o MST. O Mato Grosso do Sul, que já foi governado pelo PT, é um dos maiores produtores de soja, milho, algodão e carne bovina do País e se tornou um reduto bolsonarista.

MP caduca

Com a semana mais curta na Câmara e votação de outras pautas, a Medida Provisória da Crise Hídrica (MP 1055) esfriou entre os deputados e ficou de fora. Contou para isso o lobby dos grandes consumidores em apontar o possível impacto tarifário dos jabutis do relatório. Os parlamentares interessados em aprovar o texto deixaram a poeira baixar, mas vão tentar votá-lo novamente nesta semana. O relatório continua sendo polêmico entre os parlamentares e o governo tem atuado nos bastidores para que a matéria caduque, já que boa parte das ações previstas para a crise foram executadas.

Desoneração

Para evitar puxar mais a corda contra o governo, é grande a chance de um pedido de vista adiar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo em que o governo pede a retomada de um veto de Jair Bolsonaro, derrubado ano passado, e que suspendia a desoneração na folha de pagamento das 17 empresas que mais empregam. A regra seguirá valendo até o fim do ano. Com isso, o STF, mesmo na prática indo contra os interesses do Planalto, evita o carimbo de que impôs nova derrota ao presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).

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