Mais da metade da população brasileira se encontra em situação de insegurança alimentar


03 de agosto de 2022
Mais da metade da população brasileira se encontra em situação de insegurança alimentar
O País voltou ao patamar de 30 anos (Divulgacão)
Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – Oito anos depois de o Brasil sair do “Mapa da Fome”, a fome voltou com tudo ao Brasil. Um número ainda mais alarmante: mais da metade da população brasileira (125,2 milhões) se encontra em situação de insegurança alimentar, sendo 33,1 milhões de pessoas (15,5%) em insegurança alimentar grave. Esse dado é do Vigisan (Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil), divulgado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). O País retornou a patamares de 30 anos atrás.

Os indicadores sobre a fome no Brasil apontam que apenas quatro em cada dez domicílios conseguem manter acesso pleno à alimentação – ou seja, estão em condição de segurança alimentar. Os demais lares são divididos em escala que vai desde os que permanecem preocupados com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até os que já passam fome.

Recente pesquisa do Datafolha aponta que um em cada três brasileiros afirma que a quantidade de comida em casa, nos últimos meses, não foi suficiente para alimentar a família. O percentual de eleitores com comida menos que suficiente em casa passou de 26% em maio para 33% em julho.

Na imprensa e nas redes sociais, esta realidade dura é contada em imagens de paralisar. Multidões disputando ossos e pele de frango, produtos que até um certo tempo atrás eram usados, majoritariamente, para ração animal. Contudo, insegurança alimentar não é um eufemismo para a situação dramática da extrema pobreza, não é uma expressão nova — “gourmetizada”, como dito nas redes — para a fome. De acordo com a Oxfam Brasil, a expressão “segurança alimentar” começou a ser usada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), logo após a Segunda Guerra Mundial. Diz respeito ao indivíduo que não possui acesso físico, econômico e social a alimentos saudáveis e de qualidade para fazer todas as refeições necessárias.

Atualmente, apenas 41,3% dos brasileiros se encontram em situação de segurança alimentar — ou seja, possuem acesso regular e permanente a uma dieta saudável, com mesa farta e geladeira cheia. Entenda a diferença das diversas modalidades de insegurança alimentar.

Insegurança leve: a renda de uma família cai e, em vez de comprar linguiça, eles passam a comprar salsicha.

Insegurança moderada: quando os alimentos começam a faltar na despensa e membros da família passam a pular algumas refeições por economia.

Insegurança grave: : a pessoa não tem o que comer e precisa sair para a rua para tentar conseguir algo para colocar na barriga.

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