Mais de 70 animais mantidos em casa de forma ilegal são resgatados
Por: Cenarium*
21 de março de 2025
MANAUS (AM) – O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) concluíram no final da tarde de quinta-feira, 20 a remoção de 74 animais, entre peixes e tartarugas, que estavam sendo mantidos em cativeiro, sem a devida licença ambiental, em uma casa localizada no bairro Parque Dez, na zona centro-sul de Manaus.
A fiscalização teve início no dia 11 de março, quando o responsável pelo local foi multado em R$ 140 mil. Ele ficou designado como fiel depositário dos animais até que o Ipaam pudesse coordenar a remoção para um ambiente adequado. No entanto, após verificação detalhada, foi constatado que o homem mantinha 27 animais a mais do que o informado inicialmente. Como resultado, a multa foi revisada e ampliada para R$ 195 mil.

Ao todo, a operação resultou no resgate de 27 tartarugas, 8 pirarucus, 38 tambaquis e 1 aruanã. Todos os animais foram cuidadosamente realocados para a Fazenda Experimental da Ufam, situada no km 38 da Rodovia BR-174 (Manaus-Presidente Figueiredo).
Fiscalização
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, explicou que durante a fiscalização foi constatado que a quantidade de animais no local era superior à informada pelo responsável pela atividade irregular. Em razão disso, novas multas foram aplicadas, de acordo com a legislação vigente.

“O Ipaam agradece ao Batalhão de Policiamento Ambiental, parceiro constante em nossas fiscalizações, e à Ufam por receber os animais, garantindo um ambiente seguro e adequado. Lembramos que a posse de animais como esses exige licença ambiental, e mantê-los em cativeiro sem autorização pode representar riscos para os animais, à biodiversidade local e à saúde pública”, disse o gestor.
O coordenador técnico da Fazenda Experimental da Ufam, Kleyver Fagundes, destacou que os animais chegaram em boas condições e foram acomodados em dois tanques de 1.700 m², sendo um para os peixes e o outro para as tartarugas, na estação de piscicultura da instituição. Ele explicou ainda que a fazenda conta com cerca de dois hectares de lâmina d’água, projetado para garantir o manejo adequado das espécies.