Ipaam lança monitoramento para acompanhar esgoto na Bacia Hidrográfica do Gigante

O gerente de Recursos Hídricos (GERH) do Ipaam, Daniel Nava (Reprodução/Redes Sociais)
Da Revista Cenarium*

MANAUS (AM) – O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) lançou, nesta quarta-feira, 7, o Sistema Integrado de Inteligência, Proteção e Monitoramento da Bacia Hidrográfica do Gigante, que vai monitorar as ampliações de rede e as novas estações de tratamento projetadas pelo programa “Trata Bem Manaus” da Concessionária Águas de Manaus, uma das parceiras do projeto, além dos sistemas já existentes em condomínios e conjuntos residenciais localizados na bacia.

O Igarapé do Gigante está localizado na Zona Oeste de Manaus e abrange os bairros da Redenção, Planalto, Lírio do Vale e Ponta Negra, e possui suas principais nascentes preservadas pela área de segurança aeroportuária do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Contudo, a falta de saneamento básico dos bairros leva à contaminação das águas do Gigante por esgoto sanitário sem tratamento.

O Sistema de Integração, que também tem como parceira a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), será coordenado pela gerência de Recursos Hídricos do Ipaam e funcionará com parceiros institucionais para alinhamento de atividades como a recuperação de áreas degradadas com reflorestamento, revitalização de áreas de lixeiras viciadas no entorno do igarapé, fiscalização das estações de tratamento de efluentes e estações específicas de novos loteamentos e condomínios para que tenham um efetivo tratamento, contribuindo para a manutenção de uma qualidade que não se tem hoje.

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Fachada do Ipaam (Divulgação/Ipaam)

O objetivo do sistema é alcançar resultados, tais como: indicadores de qualidade do rio e água subterrânea melhorados (IQA); regularização de atividades licenciadas; outorgas/licenças das áreas do entorno; recuperação de áreas degradadas; eliminação das lixeiras viciadas; preservação das nascentes, entre outros.

O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, ressaltou que é a primeira vez que o órgão integrou entidades civis a um projeto da casa. Instituições, ONGs, associações e cooperativas que pudessem contribuir com algum grau de informações sobre os igarapés da cidade de Manaus foram convidadas a participar do processo.

“A ideia é incentivar, a partir de estudos acadêmicos científicos, com as universidades federal e estadual, a coletividade com as instituições da sociedade civil, agregando o interesse público ao interesse social e ao interesse daqueles que querem bem aos nossos igarapés para que possamos fortalecer um conjunto de informações únicas aqui dentro do Ipaam”, pontuou Valente.

O gerente de Recursos Hídricos (GERH) do Ipaam, Daniel Nava, enfatiza a relevância do novo sistema. “O sistema vem dar voz ao anseio de comunidades que vivem no entorno, como o Movimento Todos Pelo Gigante, que agia de forma isolada, mas com muita responsabilidade social perante aquilo que as pessoas perderam: a possibilidade de tomar banho naquelas águas”.

Daniel ressalta ainda que a partir de agora essas comunidades terão seus anseios incorporados ao sistema público de controle ambiental e passam a ser os agentes fiscais do sistema.
“Eles passam a ser nossos agentes fiscais, que incorporam para o órgão movimentos de denúncia, de insatisfações e aconselhamentos.

“Nessa parceria pode-se estabelecer o controle ambiental por uma governança em rede, ou seja, o governo, as relações de governo dos entes públicos, junto com os movimentos sociais, fazendo esse pacto em prol da requalificação das águas do Gigante”, finaliza Nava.

No lançamento, estiveram presentes comunitários do entorno da Bacia do Gigante e autoridades como o conselheiro do Tribunal de Contas, Júlio Pinheiro; o procurador do Tribunal de Contas, Ruy Marcelo de Mendonça; e o superintendente do Ibama-AM, Joel Araújo.

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(*) Com informações do Ipaam
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