Ministério da Saúde prevê 9 milhões de doses a menos para abril

É a 5ª vez que a pasta altera o número este mês (Reprodução/G1)

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde mudou novamente o cronograma de entrega das vacinas da Covid-19 e espera, agora, receber cerca de 9 milhões de doses a menos, em abril, do imunizante da Oxford/AstraZeneca, envasado pela Fiocruz. Pela previsão apresentada, o laboratório deve entregar no próximo mês 21,1 milhões de doses, em vez de 30 milhões. É a 5ª vez que a pasta altera o número este mês.

Em nota, a Saúde disse que “não é responsável pela redução no cronograma”. “Para concretizar o envio dos imunizantes, a pasta depende da entrega efetiva das vacinas pelos laboratórios fabricantes”, afirmou o ministério.

No cronograma apresentado ontem, o ministério também não deixa claro o total de doses esperadas para abril. Antes, a pasta previa 57,1 milhões de vacinas para o mês. Este balanço incluía ainda 1 milhão de unidades da Pfizer. Agora, a Saúde afirma que de abril a junho serão entregues 13,5 milhões de doses da farmacêutica americana, mas não detalha a remessa prevista para o próximo mês.

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Apesar da redução em abril, o ministério ainda espera receber cerca de 100,4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, envasadas na Fiocruz, até o fim do 1º semestre.

A Saúde ainda prevê vacinas de empresas que nem sequer apresentaram dados exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a liberação do uso emergencial, como a russa Sputnik V (400 mil doses no mês) e a indiana Covaxin (8 milhões no mês). Há ainda dúvidas sobre se a Índia vai liberar as 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, fabricadas pelo Instituto Serum, que o ministério espera receber também em abril.

Pfizer

A presidente da Pfizer no Brasil, a espanhola Marta Díez, afirmou que a farmacêutica vai pedir autorização à Anvisa para armazenar a vacina no País em freezer comum, com temperaturas de -15ºC a -25ºC. A medida deve facilitar o transporte do imunizante a regiões mais remotas. “Será muito importante para armazenamento nos pontos finais de vacinação”, disse ela ao Estadão. Ela contou que a Pfizer fará testes no Brasil sobre a eficácia da vacina em grávidas. Serão aplicadas doses em 350 voluntárias. A companhia também avalia, em outros países, os resultados em crianças e pacientes imunodeprimidos.

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