Ministro da Educação afirma que alunos com deficiência atrapalham aprendizado dos outros alunos


18 de agosto de 2021
Ministro da Educação afirma que alunos com deficiência atrapalham aprendizado dos outros alunos
Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Sérgio Lima/Poder360)

Com informações do Poder360

MANAUS – O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em entrevista ao programa “Novo Sem Censura”, da TV Brasil, na segunda-feira, 9, que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalham” o aprendizado de outras crianças sem a mesma condição.

Milton Ribeiro falou sobre o “inclusivismo”, o qual definiu como quando uma criança com deficiência é incluída em uma sala de aula com educação regular, com alunos sem deficiência. Para ele, nessa situação, a criança “não aprendia” e “atrapalhava, entre aspas”, uma vez que “a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial”, disse.

Milton Ribeiro criticou antiga norma da Política Nacional de Educação Especial (PNEE) e defendeu criação de turmas e escolas especializadas, que atendam apenas estudantes com deficiência.

Em outubro de 2020, decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro determinou que o governo federal, Estados e municípios deverão oferecer “instituições de ensino planejadas para o atendimento educacional aos educandos da educação especial que não se beneficiam, em seu desenvolvimento, quando incluídos em escolas regulares inclusivas e que apresentam demanda por apoios múltiplos e contínuos”. O texto foi alvo que questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF) , que suspendeu a nova política em dezembro de 2020.

“A questão da criança, da deficiência, que é uma das questões que passa pelo nosso ministério foi tratada. E eu acho também, por razões mais ideológicas do que técnicas, [que] ela foi rejeitada por um grupo que fez um pouco mais de barulho e o assunto foi levado ao STF. O assunto está lá para análise porque se julgou que a nossa lei era uma lei excludente.  Uma lei que não olhava com carinho para os deficientes e suas famílias, mas ao contrário”, disse, informando que pessoas de sua equipe têm deficiência.

“No passado, primeiro, não se falava em atenção ao deficiente. Simples assim. Eles fiquem aí e nós vamos viver a nossa vida aqui. Aí depois esse foi um programa que caiu para um outro extremo, o inclusivismo. O que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava, entre aspas, essa palavra falo com muito cuidado, ela atrapalhava o aprendizado dos outros porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial. E assim foi. Eu ouvi a pretensão dessa secretaria e faço alguma coisa diferente para a escola pública. Eu monto sala com recursos e deixo a opção de matrícula da criança com deficiência à família e aos pais. Tiro do governo e deixo com os pais”, declarou.

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