Ministro da Infraestrutura diz que ainda não há risco de greve de caminhoneiros após aumento dos combustíveis


11 de março de 2022
Ministro da Infraestrutura diz que ainda não há risco de greve de caminhoneiros após aumento dos combustíveis
Caminhoneiros autônomos e os empresários ameaçam nova greve, assim como a de 2018 (Foto: Arquivo/Estadão)

Com informações da Folha de S. Paulo

BRASÍLIA — Apesar de ameaças feitas nesta quinta-feira, 10, o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) diz não vislumbrar risco de paralisação de caminhoneiros no País por causa do mega-aumento no preço do diesel.

Integrantes da categoria reagiram ao reajuste divulgado pela estatal. O ministro da Infraestrutura disse que está acompanhando a situação e afirma que recebeu uma série de questionamentos da categoria ao longo da quinta.

“Nas conversas, embora muito preocupados com o aumento, tenho percebido que eles [os caminhoneiros] estão entendendo o impacto da guerra. E estão percebendo também o esforço feito pelo Congresso em mudar a tributação e pelo governo, em termos de estudo para amenizar o aumento”, afirma Freitas.

“Como está havendo essa compreensão, não vislumbro neste momento risco de paralisação”, diz.

A Petrobras divulgou nessa quinta-feira, 10, que haverá alta de 18,8% para a gasolina, 16,1% para o gás de cozinha e 24,9% para o diesel nas refinarias.

No caso do diesel, o valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.

À coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, Wanderlei Alves, o Dedeco, disse que o Brasil tem que parar em protesto contra o aumento.

“Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o País. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar”, afirma Dedeco.

Integrantes do governo ficaram inquietos com as mensagens e áudios que circularam no dia do mega-aumento da Petrobras.

As ameaças que circularam incluíram bloqueios na BR-163, a rodovia da soja, em Mato Grosso e Pará, e greve de “cegonheiros” no ABC paulista, o que afetaria a indústria automotiva. Outro líder dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, se disse arrependido de votar em Bolsonaro frente ao reajuste da Petrobras, como mostrou a Folha.

“Apoiei o Bolsonaro, fiz campanha para ele, e de graça. Recebi a comenda do mérito de Mauá, o maior mérito do transporte que existe no Brasil, pelos serviços prestados ao transporte. E, com toda sinceridade, não trabalho mais para ele, não voto nele. Tudo o que prometeu para nós, ele não cumpriu”, disse Landim.

Chorão e outros dois representantes dos caminhoneiros ouvidos pela Folha, José Roberto Stringasci, da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), e Carlos Alberto Dahmer, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), disseram não ter intenção de convocar paralisação da categoria.

Eles, dizem, porém, que vão se manifestar como membros da sociedade civil.

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