Moraes determina investigação de Marcos do Val por suspeita de falso testemunho


03 de fevereiro de 2023
Moraes determina investigação de Marcos do Val por suspeita de falso testemunho
Em live, senador afirmou que presenciou, junto com o ex-presidente Bolsonaro, plano para executar um golpe de Estado (Reprodução/Agência Senado)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um procedimento para apurar suspeita da prática dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Na quinta-feira, 2, Do Val fez uma transmissão, ao vivo, pelas redes sociais, na qual afirmou que a revista Veja publicaria uma reportagem mostrando que Bolsonaro tentou coagi-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele“. Horas depois, o senador recuou da acusação direta e disse que Bolsonaro “só ouviu” o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira e afirmou que iria pensar a respeito.

Moraes afirma que Marcos do Val, ao ser ouvido como testemunha, pela Polícia Federal, a respeito do caso, apresentou “uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas, entre si, antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento“.

Ministro afirmou que versões apresentadas pelo senador são contraditórias (Reprodução/PGR)

O ministro determinou a abertura de um procedimento sigiloso e relatado por ele, no qual constará o depoimento de Marcos do Val. Também enviou ofício à revista Veja para que o inteiro teor dos áudios, já publicizados, da entrevista do senador, seja enviado ao Supremo em até cinco dias.

Determinou, ainda, remessa de ofícios para que a Globo e a CNN enviem a íntegra de quaisquer entrevistas concedidas por Marcos do Val, no mesmo prazo. Moraes também mandou a Meta, dona do Instagram, enviar o inteiro teor da live realizada pelo senador, em seu perfil, na madrugada desta quinta.

A assessoria de Do Val foi procurada, mas não quis se manifestar. Disse, ainda, que não tinha autorização para informar o nome da defesa do senador.

(*) Com informações da Folhapress

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