Moraes determina investigação de Marcos do Val por suspeita de falso testemunho

Em live, senador afirmou que presenciou, junto com o ex-presidente Bolsonaro, plano para executar um golpe de Estado (Reprodução/Agência Senado)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um procedimento para apurar suspeita da prática dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Na quinta-feira, 2, Do Val fez uma transmissão, ao vivo, pelas redes sociais, na qual afirmou que a revista Veja publicaria uma reportagem mostrando que Bolsonaro tentou coagi-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele“. Horas depois, o senador recuou da acusação direta e disse que Bolsonaro “só ouviu” o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira e afirmou que iria pensar a respeito.

Moraes afirma que Marcos do Val, ao ser ouvido como testemunha, pela Polícia Federal, a respeito do caso, apresentou “uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas, entre si, antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento“.

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Ministro afirmou que versões apresentadas pelo senador são contraditórias (Reprodução/PGR)

O ministro determinou a abertura de um procedimento sigiloso e relatado por ele, no qual constará o depoimento de Marcos do Val. Também enviou ofício à revista Veja para que o inteiro teor dos áudios, já publicizados, da entrevista do senador, seja enviado ao Supremo em até cinco dias.

Determinou, ainda, remessa de ofícios para que a Globo e a CNN enviem a íntegra de quaisquer entrevistas concedidas por Marcos do Val, no mesmo prazo. Moraes também mandou a Meta, dona do Instagram, enviar o inteiro teor da live realizada pelo senador, em seu perfil, na madrugada desta quinta.

A assessoria de Do Val foi procurada, mas não quis se manifestar. Disse, ainda, que não tinha autorização para informar o nome da defesa do senador.

(*) Com informações da Folhapress
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