MP cumpre mandados de busca e apreensão contra membros de time de futebol, em RR

GAECO deflagrou a Operação Handicap neste domingo (TV Imperial/Reprodução)
Bianca Diniz – Da Revista Cenarium

BOA VISTA (RR) – O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Ministério Público de Roraima (MPRR), deflagrou a Operação Handicap, que efetuou dois mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão nesse domingo, 14, em Boa Vista. Os alvos da operação foram atletas, empresários e membros da comissão técnica do River, time do Campeonato Roraimense de 2023, que contratou jogadores do Iranduba (AM).

Segundo o MP-AM, a Operação Handicap investiga uma suposta organização criminosa criada para manipular os resultados dos jogos do Campeonato Amazonense de 2022, que obteve lucros em sites de apostas esportivas. Além disso, há suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente dessas fraudes, bem como de conexões com outras atividades criminosas que ainda não foram mencionadas pelo órgão.

Equipe do clube River, no Campeonato Roraimense 2023. (BV Esportes/Reprodução)

Em março, devido às suspeitas de fraudes, o Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM) suspendeu dez jogadores e o técnico do River, Kléber Paulista, por 200 dias, além de impor multas individuais de R$ 100 mil. Entre os jogadores estão: o goleiro Victor Carvalho, o lateral direito Amilton Belarmino Junior, o lateral esquerdo Celso da Conceição Martins, os zagueiros Fábio Henrique Navarro de Santa Helena e Leonardo Oliveira Rito de Sá, o volante Maycon Soares Nascimento, os meias Gabriel Santos Silva e Francinildo Pinheiro Bezerra, além dos atacantes Thiago Morais Bento de Souza e Kayck Augusto Lopes da Silva.

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À época, parte da equipe estava sob contrato com o Iranduba, durante o período em que a suposta manipulação teria ocorrido. Como consequência, o time amazonense foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato estadual. Além disso, o River anunciou a suspensão dos contratos dos jogadores investigados.

Indícios de manipulação

O caso se tornou alvo de investigação após o Amazonas FC vencer o EC Iranduba por 7 a 0, no dia 12 de fevereiro, durante a quinta rodada do Campeonato Estadual do Amazonas. A investigação foi iniciada pela Corte Desportiva após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) identificar indícios de manipulação do Iranduba, clube adversário, que agiu deliberadamente para perder a partida por pelo menos três gols, sendo que, no total, pelo menos cinco gols teriam sido marcados.

O presidente Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ednailson Rozenha, assinou um relatório que repudia a prática de apostas esportivas. “Diante dos indícios constatados, não pode tolerar e nem se omitir, notadamente por se tratar de uma conduta que vem fulminando a ética do Futebol Brasileiro, e que, infelizmente, tem se tornado comum no futebol, o qual deve ser sumariamente coibido e punido, em todas as esferas legais (administrativa, desportiva e criminal)”, ressaltou a FAF.

Confira o relatório da FAF:
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