MPC adota procedimentos para fiscalizar aplicação de dinheiro público em licitações no AM


23 de julho de 2020
MPC adota procedimentos para fiscalizar aplicação de dinheiro público em licitações no AM
Medida busca permitir mais transparência em atos dos gestores públicos. (Reprodução/ Internet)

Jarleson Lima – Da Revista Cenarium*

MANAUS – O Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) anunciou que passou a empregar procedimentos mais rigorosos para fiscalizar a aplicação de dinheiro público em licitações, durante a pandemia do novo Coronavírus. A medida visa permitir maior transparência nos atos dos gestores públicos. As informações foram publicadas nesta semana no site do órgão.

Segundo a procuradora Fernanda Cantanhede, que intermediou Representação contra a Prefeitura de Boa Vista do Ramos (a 581 quilômetros de Manaus), é dever da Administração Pública seguir os regulamentos de transparência. “Há uma extrema carência de informações referentes aos gastos realizados com fundamento em ações para o combate ao Covid-19, o que vai de encontro à Recomendação expedida, incluindo as normas criadas para regulamentar a situação de pandemia que nos encontramos”, pontuou.

Outra ressalva do Ministério diz respeito à contratação direta da empresa BDS Confecções Ltda, para aquisição de material de proteção e segurança EPI, sob responsabilidade da Central de Medicamentos da Secretaria de Saúde do Amazonas (Cema/ Susam).

De acordo com o procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, foi desprezada oferta mais vantajosa para o Estado, causando assim sobrepreço de R$ 126 mil na contratação.

Em outra ação, a subprocuradora-geral Elissandra Alvares requereu informações sobre a Dispensa de Licitação pela Polícia Civil do Amazonas da empresa MAP Serviços de Conservação Eireli para a prestação de serviços de assessoria e apoio, no valor de mais de R$ 1,4 milhão, por 60 dias. Na ocasião, a procuradora argumentou que seu objetivo é apurar a economicidade dos preços praticados na referida contratação.

De antemão, Ruy Marcelo ofereceu ainda Representação com pedido de Medida Cautelar contra a Prefeitura de Presidente Figueiredo, referente o contrato, no valor de mais de meio milhão de reais, para construção de uma piscina semi-olímpica na Escola Municipal Dr. Octávio Lacombe.

Para ele, o caso traz ilegitimidade. “Embora o gestor tenha discricionariedade para avaliar onde empregar o dinheiro público, nos limites da lei, o caso concreto traz indícios sérios de ilegitimidade da despesa, considerando o contexto de pandemia da Covid-19, em que as demandas de saúde pública não têm sido suficientemente atendidas”, afirmou.

(*) Com informações da assessoria

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.