Na Amazônia Legal, Pará lidera desmatamento em Unidades de Conservação
Por: Karina Pinheiro
25 de fevereiro de 2024
MANAUS (AM) – O Estado do Pará teve as Unidades de Conservação (UCs) mais desmatadas no primeiro mês de 2024, de acordo dados de janeiro do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Entre as dez primeiras posições do ranking, o o território paraense ocupa três colocações, com a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu ocupando o primeiro lugar. Em seguida, aparece a Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá (Resex Rio Preto-Jacundá), em Rondônia, e a Resex Guariba-Roosevelt, no Mato Grosso.

O Amazonas surge em 5º lugar com a Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga (APA Caverna do Maroaga), em Presidente Figueiredo; em 8º com a Área de Proteção Margem Direita do Rio Negro (APA Margem Direita do Rio Negro); e em 10º lugar no Parque Estadual Serra do Aracá (PES da Serra do Aracá). Em janeiro de 2024, a maioria do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou em estágios de posse diversos, com 72%.
Sem o recorte por Unidade de Conservação (UC), o desmatamento caiu 60% na Amazônia Legal. A maior queda foi no Mato Grosso, com 78%, na comparação entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024, seguido por Amazonas (76%); Rondônia (67%); Maranhão (67%).
Roraima e Pará apresentaram a menor taxa de desmatamento no período comparado, 22% e 39%, respectivamente.

Apesar da queda, a destruição detectada no primeiro mês do ano é equivalente à perda de mais de 250 campos de futebol por dia, sendo maior do que as registradas nos anos de 2016, 2017 e 2018, por exemplo.
No caso de desmatamento em Terras Indígenas (TIs), a TI Alto Rio Negro, localizada no Amazonas, ocupa o primeiro lugar, seguida da TI Yanomami, localizada na divisa entre o Amazonas e Roraima. Das dez terras indígenas, Roraima tem seis.