Na ‘Carta pela Amazônia’, governador do AM defende reduzir desigualdades e erradicar pobreza extrema
18 de novembro de 2022
Governador do Amazonas, Wilson Lima (Divulgação)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – O governador do Amazonas Wilson Lima (União Brasil), um dos subscritores da “Carta pela Amazônia“, afirmou que o destaque do documento é a luta para reduzir as desigualdades e erradicar a pobreza extrema na Amazônia Legal. Na carta entregue ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana na COP27, no Egito, os nove governadores da região amazônica ainda expressam a importância da ciência, estabilidade e reforço institucional para o desenvolvimento sustentável dos Estados.
O documento elaborado pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal aponta que as transformações econômicas geradas foram incapazes de reduzir as desigualdades e erradicar a pobreza extrema na região amazônica. “O modelo de desenvolvimento vigente, para ser economicamente pujante, trouxe o custo de ser ambientalmente devastador e socialmente excludente“, afirmam os governadores que integram o consórcio.
Trecho da ‘Carta da Amazônia’ entregue ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (Reprodução)
Os signatários destacaram, ainda, que as mudanças só são possíveis de houver cooperação entre os Estados da Amazônia Legal e o governo federal. “Essa cooperação demanda retomar o diálogo construtivo com os demais países amazônicos de modo a fortalecer sua concertação, bem como reforçar a capacidade de atuação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)”, acrescentam.
Apesar de não comparecer à 27ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), o governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou que gerar oportunidades de emprego e renda aos povos da floresta deve ser prioridade.
“A gente faz isso no momento em que gera oportunidades para essas pessoas, gera emprego, renda. A pauta ambiental não se restringe apenas a controle e comando. Não adianta montar uma megaestrutura de fiscalização, porque isso tem um limite. Acima de qualquer coisa há um instinto de sobrevivência do cidadão. Eu não abro mão da redução da pobreza e da oportunidade para essas pessoas”, pontuou Wilson Lima.
Governador do Amazonas Wilson Lima (Diego Peres/Secom)
O chefe do Executivo estadual explicou quais políticas públicas devem ser lançadas para garantir o desenvolvimento da região amazônica. “Pleitos que a gente já vem, há algum tempo colocando, como a questão da regularização fundiária, da bioeconomia, do Cadastro Ambiental Rural e, sobretudo, garantir que todos os avanços que forem feitos, nesse sentido de proteção das nossas florestas e recursos naturais, estejam condicionados à redução da pobreza. Disso nós não abrimos mão”, enfatizou Lima.
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal é formado pelos nove Estados amazônicos do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, com a missão de acelerar o desenvolvimento sustentável da região de forma integrada e cooperativa, considerando as oportunidades e os desafios regionais.
Na COP27, o protagonismo ficou para os governadores da Amazônia presentes como Helder Barbalho (PA), Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT) e Wanderlei Barbosa (TO). Foi Barbalho quem presidiu a cerimônia na qual a carta foi entregue.
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