‘Não faremos nenhuma aventura’, diz Bolsonaro ao afirmar confiança absoluta em Paulo Guedes


22 de outubro de 2021
‘Não faremos nenhuma aventura’, diz Bolsonaro ao afirmar confiança absoluta em Paulo Guedes
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. (Pablo Jacob/ Agência O Globo)

Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que confia no ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro estava pressionado pela decisão do governo de aceitar mudar o teto de gastos para pagar um Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) de R$ 400. Guedes e Bolsonaro se reuniram na sede do Ministério da Economia na tarde desta sexta-feira.

“Nós nos entendemos muito bem. Eu tenho confiança absoluta nele. Ele entende as aflições que o governo passa”, disse, no Ministério da Economia, ao lado de Guedes.

Bolsonaro também defendeu o auxílio de R$ 400 e disse que não haverá aventuras. Esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia.

O ministro reconheceu o ritmo de ajuste fiscal vai cair. “Nós vamos reduzir o ritmo do ajuste. Que seja um déficit de 1% (do PIB ), não faz mal. Preferimos tirar oito no fiscal e atender os mais frágeis. O arcabouço fiscal continua. Eu seguro isso”, disse Guedes.

Guedes disse que a decisão de um auxílio de R$ 400 foi tomada após pressão da ala política enquanto ele estava nos Estados Unidos, participando de reunião do FMI.

“Enquanto eu estou lá fora, naturalmente a política começa a sacudir. Aí começa uma aparente briga entre a ala política e a ala econômica. Tem uma ala política que pede um auxílio de R$ 500, R$ 600. E tem uma ala econômica que diz que o teto é até R$ 300. Ora, deve haver uma linha do meio. O presidente traçou a linha, com R$ 400”, disse.

Ele disse também que não há espaço para algo além de R$ 400: “Eu tenho que tomar a responsabilidade de dizer que até aqui dá. Se for para R$ 500, R$ 600, esquece, aí não dá mesmo”, afirmou o ministro da economia.

Guedes afirmou que houve um “colapso” na comunicação do governo com o assunto que fez parecer que havia uma guerra. Ele disse que a saída dos secretários é natural.

“Nós entendemos os mais jovens que dizem que a linha é aqui. Nós entendemos a política que diz que não vai deixar milhões passarem fome para tirarem 10 em política fiscal. A saída dos nossos secretários que pediram é natural”, afirmou.

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