‘Não proibimos pagamento via WhatsApp’, diz diretor financeiro do Banco Central


13 de julho de 2020
‘Não proibimos pagamento via WhatsApp’, diz diretor financeiro do Banco Central
Diretor do BC afirmou que, caso haja garantia de abertura do sistema, com possibilidade de participação de todas instituições financeiras, será possível autorizar o uso. (Roque de Sá/Agência Senado)

Da Revista Cenarium*

Manaus – O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), João Manoel Pinho de Mello, afirmou nesta segunda-feira, 13, que a autarquia não proibiu a realização de pagamentos via WhatsApp no Brasil, mas sim suspendeu o serviço. Segundo ele, essa suspensão ocorreu para que o BC avaliasse o serviço.

“Por determinação legal, o BC tem obrigação de garantir que soluções de pagamento sejam interoperáveis e neutras”, disse hoje Pinho de Mello. Na prática, isso significa que pagadores e recebedores precisam estar conectados e que todas as instituições financeiras possam participar do sistema com as mesmas condições. “E queremos garantir que seja barato”, acrescentou o diretor.

De acordo com Pinho de Mello, notícias na imprensa deram conta que um número limitado de bancos e bandeiras participariam do mercado de pagamentos via WhatsApp. “(A opção) foi ofertada a todos os bancos?”, questionou.

O diretor afirmou que, caso haja a garantia de que o sistema é aberto, com possibilidade de participação de todas as instituições financeiras, será possível autorizar o sistema. “Os entes regulados, Visa e Mastercard, já colocaram (ao BC) pedido de autorização”, afirmou.

Ele disse ainda que o BC soube pela imprensa que a solução de pagamento para o lojista, via WhatsApp, “iria custar quase 4%”. “O valor chama a atenção”, disse Pinho de Mello. “É porque a solução é mais cara? Porque poucos podem participar?” O diretor do BC reforçou que o serviço está suspenso até que a autarquia possa avaliá-lo.

Decisão anterior

Os consumidores brasileiros não poderiam usar o novo serviço do WhatsApp que permite pagamentos e transferências de dinheiro, por conta da decisão do Banco Central, no dia 23 de Junho. O BC determinou que as operadoras Visa e Mastercard suspendessem as atividades da ferramenta lançada pelo aplicativo de mensagens.

Em nota, o órgão informou que quer avaliar os riscos da nova tecnologia, que está sendo liberada aos poucos no Brasil. Na época, o BC alegou que a decisão buscava “preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato”.

Por conta da liberação inicial, pequenos empresários de Manaus têm buscado alternativas para empreender e recuperar as perdas financeiras, causadas durante o período de isolamento social, adotado no Estado para conter a pandemia de Covid-19.

(*) Com informações do Estadão Conteúdo

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