Negócios da Amazônia são destaque em feira de conexões em São Paulo
25 de maio de 2024
Produtos foram expostos na Feira Conexão Amazônia Azul, em São Paulo (Divulgação)
Da Revista Cenarium*
SÃO PAULO – Negócios da floresta amazônica ganharam destaque, nesta semana, durante a Feira Conexão Amazônia Azul, reunindo empreendedores e produtos que garantem renda de forma sustentável, além de proteção ao meio ambiente.
O evento aconteceu no CIVI-CO Hub de Impacto Socioambiental, localizado na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445, bairro Pinheiros, em São Paulo. Aproximadamente 20 empresas de produtos amazônicos participaram da feira, que também promoveu debates sobre desafios e oportunidades da sociobioeconomia brasileira.
Evento aconteceu em São Paulo (Divulgação)
A iniciativa é resultado de uma parceria da Azul Linhas Aéreas, com o CIVI-CO Hub de Impacto Socioambiental, Associação Coletivo Pinheiros e Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (AssoBio).
A iniciativa também é parte das ações do “Movimento ARA – Todas as Amazônias sob o Mesmo Céu Azul”, criado pela Azul Linhas Aéreas e faz parte do seu plano estratégico de compensações ambientais.
“Essa é a missão do Movimento ARA: conectar a Amazônia através da nossa malha aérea para que possamos mostrar o potencial da sociobioeconomia, que existe na região. Acreditamos que, para preservar a Amazônia, primeiro precisamos conectar a Amazônia. Isso já fazemos, por meio da nossa malha aérea e frota diversas, desde aviões de 350 lugares a aviões de nove lugares, que conseguem oferecer um portfólio de soluções de transporte para ajudar, de fato, o Brasil a se desenvolver”, declara o gerente de sustentabilidade da Azul Linhas Aéreas, Filipe Alvarez.
Gerente de sustentabilidade da Azul Linhas Aéreas, Filipe Alvarez (Divulgação)
Vela aromática dentro do ouriço de castanha foi exibida na feira (Divulgação)
O objetivo da Azul é aproveitar seu modelo de negócio e ir além, incentivando iniciativas que estimulem negócios de microempresários e promovam, com responsabilidade social e ambiental, a sociobioeconomia na Amazônia.
Segundo informações da companhia, a presença da Azul Cargo Express, a unidade logística da empresa, que atua em cinco mil municípios do País (ou 96% do território nacional), por exemplo, tem levado produtos amazônicos para os principais centros comerciais do Brasil – com tarifas menores, a preço de custo.
Bags sustentáveis (Divulgação)
O Movimento ARA vem desempenhando um papel importante, ajudando a escoar os produtos da Amazônia. Pois, garante um valor mínimo para que produtores amazônicos possam vender com mais facilidade seus produtos para outras regiões do país. Como é o caso da empresa Sinimbu, do Pará, que vende produtos feitos com jambu, planta amazônica que garante uma leve tremedeira na língua.
Segundo a proprietária da empresa, Tatiana Sinimbu, um dos principais entraves para que o seu negócio cresça é a logística para levar produtos da região amazônica para grandes centros urbanos, nas regiões Sul e Sudeste.
“É fantástico esse tipo de evento (Feira Conexão Amazônia Azul) e o projeto da Azul, porque encurta a distância, facilita a vida do empreendedor e ajuda a divulgar os nossos produtos. Cada experiência dessa é mais uma oportunidade das pessoas conhecerem nossos produtos feitos com jambu”, disse Tatiana.
Já a fundadora da Moma Cosméticos Agroflorestais, a farmacêutica e fisioterapeuta, Vivian Chun, que há mais de 12 anos estuda os benefícios dos produtos da floresta amazônica, conta que, além da falta de logística, outro gargalo é a estruturação da cadeia produtiva. “Além disso, não temos condições comerciais amigáveis e recursos para investir em divulgação e marketing”, declarou.
Óleo de jambu produzido pela Sinimbu (Divulgação)
A realização do evento também é de responsabilidade da Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (AssoBio), recém criada para fortalecer o ecossistema. É um novo capítulo para os empreendedores da floresta e já possui 50 membros. De acordo com o presidente da AssoBio, Paulo Monteiro dos Reis, a instituição está com inscrições abertas para uma terceira rodada de inscrição de associados até junho.
“A meta é chegarmos a 80 associados. Queremos consolidar os interesses dos negócios da Amazônia e trazer um pouco mais de valor agregado para a bioeconomia, e para dentro da Amazônia legal, além das pessoas que vivem em áreas preservadas. Essa parceria é bem importante. Porque a Azul consegue transportar dois elementos importantes, a sociobiodiversidade e as pessoas que vivem na floresta. Estamos ajudando a diminuir essa distância. Por isso, estamos fazendo esse evento para aumentar essa incidência e gerar cada vez mais negócios”, afirmou Paulo.
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