Plano econômico e sustentável visa alçar bioeconomia no Amazonas para 2023

Ana Pastana – Da Revista Cenarium

MANAUS – Apresentado nesta sexta-feira, 30, o Plano de Diretrizes e Estratégias para o Desenvolvimento Econômico Sustentável do Amazonas traz uma lista de projetos e orientações, produzidos durante nove meses, para o futuro econômico e sustentável do Amazonas.

Entre as estratégias que evidenciam diversos setores da economia regional, o plano visa nortear a exploração mineral, manejo florestal sustentável e a exploração dos recursos naturais por meio da bioeconomia.

O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Angelus Figueira, destaca que o trabalho contido no plano já começou a ser colocado em prática pelo Governo do Estado do Amazonas.

“A bioeconomia está contemplada nas ações que o governo vem adotando. Temos, hoje, duas indústrias de chocolate. A produção de cacau está em expansão. Também vamos ter mais uma indústria de produção de pneu, então, são muitas ações que estão sendo adotadas pelo Estado para podermos acelerar o processo econômico do Amazonas“, pontua.

O documento foi elaborado ao longo de 9 meses e traz um planejamento estratégico a curto, médio e longo prazo. “Quando o Amazonas encaminha essas questões vanguardeiramente, isso reforça muito nosso modelo e a economia do Estado, mas focado em sustentabilidade, e a bioeconomia é o carro-chefe“, destaca Figueira.

As estratégias buscam incentivar a atração de investimentos locais, nacionais e internacionais, principalmente, por conta do enfraquecimento econômico causado pela pandemia da Covid-19. Figueira pontuou, durante a reunião de lançamento do plano, que o empreendedorismo e a inovação tecnológica são os focos principais neste momento.

“Valorizar o empreendedorismo e a inovação tecnológica culminarão na geração de mais oportunidades, emprego e renda. Estimulando, assim, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de forma inclusiva, sustentável e inovadora“, evidencia Figueira.

A necessidade da diversificação econômica é importante, principalmente, por conta da dependência da Zona Franca de Manaus. O secretário executivo da Sedecti, Valdenor Cardoso, pontua sobre a estimulação da economia no interior do Estado.

“Ao estimular a dinamização da economia e a sua descentralização para o interior do Amazonas, o governo criará também oportunidades de desenvolvimento econômico e social para a população do interior e zona rural, combatendo, desta forma, os índices de pobreza e as mazelas sociais existentes“, avalia Cardoso.

Além da bioeconomia, o plano traz considerações sobre o fortalecimento do Polo Industrial de Manaus (PIM), comércio, gás natural, polo de fertilizantes, recursos hídricos, piscicultura, polo naval, turismo, serviços ecossistêmicos, agricultura familiar, agricultura empresarial, artesanato, logística, zoneamento ecológico-econômico (ZEE), regularização ambiental, regularização fundiária, ciência, tecnologia, inovação; assistência técnica e extensão agropecuária e florestal; e energia.