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No AM, madeira ilegal apreendida pelo Ibama beneficia famílias ribeirinhas com água potável
Base do sistema de purificação de água será construída com a madeira doada. (Marcela Leiros/Revista Cenarium)
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12 de junho de 2023
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Manaus, doou nesta segunda-feira, 12, de 100 m³ de madeiras apreendidas em comércio ilegal para a Defesa Civil do Amazonas, que construirá aproximadamente 50 estruturas de abastecimento de água potável em comunidades ribeirinhas do Estado.
A estrutura consiste em uma base estrutural na qual é instalada o purificador de água. O sistema capta a água de rios e poços e a deixa apta para o consumo, conforme explica a tenente da Diretoria de Respostas a Desastres e Suporte da Defesa Civil, tenente Aline Almeida
“Esses purificadores captam água dos mananciais, de poços, e com o sistema de purificador, eles deixam a água potável, melhorando a qualidade de vida dos ribeirinhos que hoje consomem água direito dos rios, dos mananciais, melhorando a saúde e evitando várias doenças, que o consumo de água não potável transmite aos ribeirinhos”, explica a tenente.
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A tenente destaca que o principal obstáculo para a instalação do sistema é a falta de madeira para a construção da base, e doações como a do Ibama possibilitam o andamento do projeto da Defesa Civil do Estado.
“Com essa madeira doada, a gente vai conseguir beneficiar [cortar as madeiras no formato necessário] e já levar kits, com as peças todas montadas. Além do purificador, que atende em média 50 municípios”, acrescenta.
A madeira doada nesta segunda-feira estava guardada na sede do Ibama há pelo menos seis anos. Segundo o superintendente do Ibama no Estado, Joel Araújo, ela foi apreendida em um depósito ilegal em um dos portos de Manaus, trazida do interior do Amazonas. A empresa foi autuada e a madeira apreendida. A demora na doação se deu pela lentidão no processo da madeira apreendida.
“São milhares de metros cúbicos de madeira, o processo é lento, tem poucos servidores, sãos processos que tem a defesa, tem toda a argumentação, e esse perdimento [perda de bens em favor da fazenda pública] não se dá de forma muito rápida. Queremos fortalecer a equipe de gestão de bens apreendidos para dar encaminhamento correto desses processos”, explica o superintendente.
A escolha da instituição para onde a madeira é doada é feita a partir da base de cadastro do Ibama. Os interessados precisam apresentar projetos, como o realizado pela Defesa Civil do Amazonas. “Com isso, a gente cumpre um papel social, que é de utilizar a madeira avinda de apreensões, de crimes ambientais, para projetos sociais, muito melhor do que deixar essa madeira apodrecer ou se perder”, afirma Joel Araújo.
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