No Carnaval, saiba o que fazer em situações de importunação sexual ou perseguição

Coletivos feministas têm divulgado, nas redes sociais, manuais com orientação sobre o que fazer nesses casos e como denunciar os agressores (Reprodução/Internet)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O Carnaval é momento de festa e comemoração, mas também uma época em que algumas pessoas, especialmente as mulheres, correm maior risco de assédio, importunação sexual e estupro. Por isso, é importante saber o que fazer nessas situações.

Coletivos feministas têm divulgado, nas redes sociais, manuais com orientação sobre o que fazer nesses casos e como denunciar os agressores. Elas ressaltam que é importante conscientizar homens e mulheres sobre o que configura crime.

Foliã no bloco Fogo e Paixão, no Rio de Janeiro
Foliã no bloco “Fogo e Paixão”, no Rio de Janeiro (Luciola Vilela/12.fev.23/Riotur)

Por exemplo, um beijo forçado, puxão de cabelo ou uma passada de mão podem ser configurados como importunação sexual, que é um crime previsto no Código Penal.

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Já o estupro é quando o ato sexual é praticado com violência ou grave ameaça. Há, ainda, a tipificação de estupro de vulnerável, quando a vítima não tem capacidade de consentimento, como alguém que está sob efeito de drogas ou álcool e sem a percepção completa da realidade.

No início do mês, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou uma lei que obriga bares, restaurantes, casas noturnas e eventos a adotarem medidas de auxílio a mulheres que se sintam em situação de risco.
A nova legislação determina que os estabelecimentos de lazer devem adotar medidas que auxiliem mulheres que se sintam em situação de agressão física, sexual ou psicológica.

Entre as novas regras está a determinação que o estabelecimento ofereça uma pessoa para acompanhar a mulher até algum meio de transporte ou até ela comunicar o problema à polícia.

Além disso, devem ser colocados cartazes nos banheiros femininos e em outros ambientes informando a disponibilidade do local para ajudar as mulheres em situação de risco.

Entre as orientações para quem passa por esse tipo de situação, em blocos ou festas de Carnaval, está a de denunciar o mais rápido possível. Por exemplo, em um bloco de rua, os organizadores podem ser acionados. Em bares ou festas, os funcionários também podem ser chamados para orientar e ajudar a vítima.

Também é possível fazer a denúncia em um posto policial ou em delegacias da mulher. Ou acionar a Polícia Militar (PM) pelo telefone 190.

“Sabemos que esses crimes vitimizam mulheres, o ano inteiro, em todo o Brasil, mas casos assim são intensificados durante o Carnaval, principalmente, pela falsa sensação de que “tudo é permitido” — uma sensação falsa, pois tudo isso é crime”, destaca o Mapa do Acolhimento, uma iniciativa do grupo “Nossas” para o enfrentamento à violência de gênero.

Onde buscar ajuda:

  • Em posto policial ou delegacias da mulher;
  • Pelo telefone 190 da Polícia Militar (PM);
  • Pelo telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher, para orientações.
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