No Governo Lula, Petrobras acaba com dependência internacional nos preços de combustíveis


16 de maio de 2023
No Governo Lula, Petrobras acaba com dependência internacional nos preços de combustíveis
Abastecimento de combustível em posto. (José Cruz/Agência Brasil)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 16, o fim do Preço de Paridade Internacional  (PPI) como base de critérios para os preços do petróleo no Brasil. Isso significa que a estatal não vai mais definir os preços de combustíveis, como gasolina e diesel, por exemplo, de acordo com o dólar e o mercado internacional, e adotará uma nova política.

A Petrobras afirmou que a decisão foi tomada tendo em vista a alternativa “mais acessível aos clientes“. Apesar da mudança, os reajustes vão continuar sendo feitos sem periodicidade definida, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Um dos componentes que formam o preço final dos combustíveis é a Realização Petrobras, que se refere ao valor pago pelas distribuidoras à petrolífera; nesse valor, estão inclusos os custos de produção e os lucros da Petrobras
Um dos componentes que formam o preço final dos combustíveis é a Realização Petrobras, que se refere ao valor pago pelas distribuidoras à petrolífera. (Ueslei Marcelino/Reuters)

A Petrobras vai adotar, a partir de agora, uma nova “estratégia comercial”, com duas referências de mercado: “custo alternativo do cliente” e “valor marginal”. A primeira contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos, seja de produtos substitutos. A segunda é baseada no custo de oportunidades dadas às diversas alternativas para a companhia, como produção, importação e exportação de um produto e dos petróleos utilizados no refino.

“Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, diz o comunicado.

Recentemente, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a companhia não devia praticar o PPI. “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, portanto, diminuiu para mim também em termos de insumos para as refinarias, eu tenho que corresponder isso ao preço para o consumidor final. Agora, eu não preciso, necessariamente, estar amarrado ao preço do importador que é o meu principal concorrente. Ao contrário, paridade de importação não é preço que a Petrobras deve praticar”, disse.

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Sergio Moraes – 16.out.2019/Reuters)

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A política PPI foi anunciada pela Petrobras em 2016, com base em dois fatores: o PPI, que incluía custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma margem para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos.

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