Nordeste sente impactos do cancelamento de festejos de São João


28 de junho de 2021
Nordeste sente impactos do cancelamento de festejos de São João
No Recife, decoração foi feita, mas sem aglomerações seguem proibidas (Reprodução/CNN)

RECIFE E SALVADOR – Pelo segundo ano seguido, a pandemia atrapalha uma das principais festas populares do Brasil: o São João. Nos Estados do Nordeste, onde os festejos são tradição, o prejuízo é enorme. mas, mesmo assim, muita gente deu um jeitinho de celebrar.

Em Pernambuco, o ciclo junino, interrompido por causa da pandemia do novo coronavírus desde o ano passado, durava mais de 30 dias, celebrando três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro.

No principal ponto dos festejos juninos do Recife, a decoração mantém o clima da época, mas, pelo segundo ano consecutivo, o local ficou sem as comidas típicas e sem forró, o ritmo que dá o tom da festa.

São João movimentava economia de cidades nordestinas pré-pandemia (26.Jun.21)
São João movimentava a economia de cidades nordestinas antes da pandemia (Reprodução/CNN)

O músico André Dellon precisou se afastar dos palcos, mas montou um estúdio em casa, onde mantém viva a esperança de voltar a tocar no São João.

“Antes da pandemia, no São João a gente fazia aí de 15 a 20 shows no período junino, chegando a fazer dois, três shows numa noite. Era bastante corrido pra gente e estamos mais um ano esperando que tudo isso passe, e ansioso”, afirmou à CNN.

Um dos principais destinos no Nordeste é Caruaru, no agreste pernambucano, onde a festa junina é considerada uma das maiores do mundo. Na última edição, em 2019,  gerou 6 mil empregos diretos e indiretos, mas, hoje, os artistas vão receber auxílio da Prefeitura.

“Já é o segundo ano consecutivo da gente sem gerar esses R$ 200 milhões, sem gerar esses empregos diretos e indiretos, quantas famílias não dependem disso!? Criamos um auxílio para ajudar todos esses artistas, trios pé de serra, quadrilhas, todo mundo que faz o São João de Caruaru ser o maior e o melhor”, disse à CNN o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa da cidade, André Teixeira Filho.

Na Bahia, as cidades que têm tradição nos festejos juninos sentem um impacto grande também na geração de empregos. Sem a festa e toda a movimentação, mais de 24 mil postos de trabalhos informais e formais deixaram de ser criados este ano no Estado.

Só em Amargosa, a cerca de 160 quilômetros de Salvador, a economia movimentava R$ 30 milhões nessa época do ano. O palco principal do São João montado todos os anos na praça da cidade deu espaço este ano a um posto de vacinação.

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