‘Operação Aquarela’: ‘É preciso ser questionada a verdadeira motivação’, diz Prefeitura de Boa Vista após ação do MP

Prefeitura Municipal de Boa Vista (Divulgação)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

BOA VISTA – Após ser alvo de operação do Ministério Público de Roraima (MP-RR), a Prefeitura de Boa Vista manifestou-se nesta sexta-feira, 22, por meio de nota. Nela, a prefeitura comenta que recebeu com surpresa a notícia de uma operação na Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec).

A gestão do prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), sempre trabalhou com transparência, e preza pela aplicação dos recursos públicos de forma responsável, nunca tendo sido alvo de investigações que resultassem em operações policiais.

“Na manhã desta sexta-feira, 22, a prefeitura recebeu com surpresa a notícia de uma operação na Fetec. O fato causa estranheza e indignação pela espetacularização, considerando o momento político que estamos vivendo, ou seja, é preciso sim apurar os fatos, mas é preciso também ser questionada a verdadeira motivação da operação, com todo o aparato presente no local ligado ao Governo do Estado”, diz a nota.

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Prefeitura Municipal de Boa Vista (Divulgação)

Em outro trecho, a Prefeitura afirma que “o respeito ao dinheiro público sempre foi um compromisso das gestões municipais de Boa Vista” e reitera que todos os documentos requisitados nesta sexta-feira, 22, pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil do governo do Estado já foram entregues anteriormente e estão publicados no portal da transparência, para qualquer cidadão verificar”, explicou.

E finaliza a nota: “Confiamos na Justiça e estamos à disposição para quaisquer informações adicionais”, termina o posicionamento da operação.

Eleições

A “Operação Aquarela”, do Ministério Público de Roraima (MP-RR), foi deflagrada às vésperas da campanha eleitoral, que se inicia no dia 16 agosto. O MP é chefiado pela procuradora Janaina Carneiro Costa, amiga pessoal do governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas), e tem o marido nomeado em um cargo comissionado na Diretoria de Habitação da Companhia de Desenvolvimento do Estado (Codesaima).

Operação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima e Polícia Civil (PC) deflagraram nesta sexta-feira, 22, a “Operação Aquarela”, que investiga supostas irregularidades praticadas pela Prefeitura de Boa Vista na contratação de artista para pintar mural no Parque Rio Branco, na orla da capital.

A obra do muralista brasileiro Eduardo Kobra foi pintada em uma parede de 180 metros, que representa uma iguana grande. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, entre eles: um na sede da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec), na casa do secretário Daniel Lima, responsável pelos contratos, e um no fiscal que atuou nos contratos.

A arte derreteu quatro meses após a inauguração e custou R$ 400 mil aos cofres públicos. Com isso, a suspeita da Promotoria do Patrimônio Público e da Polícia Civil é de que houve superfaturamento de contrato de serviço que não foi entregue como deveria.

Mural pintado por Eduardo Kobra (Divulgação)

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público contou com apoio de Membros e Servidores do GAECO- Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Polícia Civil, e Segurança Institucional do MPRR.

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