Operação destrói helicóptero usado por garimpeiros em TI Yanomami

Bruna Cássia – Da Revista Cenarium

BOA VISTA (RR) – As Forças Armadas divulgaram um balanço da Operação Catrimani II, iniciada em 1º de abril de 2024, de enfrentamento ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. Entre as ações estão destruição de equipamentos, apreensão de itens e a detenção de um homem envolvido com a extração ilegal de minerais na maior reserva indígena do Brasil.

Conforme os dados, desde o início da operação até o dia 3 de maio, as equipes realizaram a destruição de sete acampamentos de garimpo, um helicóptero, 27 motores, 17 motobombas, 4 motosserras, 14 geradores, 2 máquinas de solda, 5 máquinas inversora de solda, 17 bombas de água.

A lista ainda contém a destruição de um carregador de bateria portátil, 5 fogões, 4 botijões de gás, 3 fornos elétricos, 11 freezers e 14 refletores. Todos os itens serviam de subsídio para a assistência e atuação dos garimpeiros.

Ainda segundo o balanço, os agentes apreenderam uma espingarda calibre 16, um aparelho celular e três sistemas de internet satelital da empresa Starlink.

“Outro dado que temos para informar é que não houve confronto armado com as tropas das Forças Armadas. Apenas ocorreu uma Evacuação Aeromédica (EVAM) de um garimpeiro ferido”, informou as Forças Armadas à REVISTA CENARIUM.

Operação Catrimani II

Conforme a Portaria GM-MD Nº 1.511, de 26 de março deste ano, o Ministério da Defesa determina a realização da Operação Catrimani II até 31 de dezembro de 2024, a fim de “contribuir com as ações governamentais para inutilizar a infraestrutura de suporte ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami”.

O posto do Comando Operacional Conjunto Catrimani II está situado em Boa Vista, onde há a articulação com as Agências e Órgãos de Segurança (AOS) e com a Casa de Governo, conforme divulgou o Governo Federal.

Já a Casa do Governo, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, é uma estrutura que foi instalada em Roraima, no mês de fevereiro, para promover ações de proteção aos indígenas da região.

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Editado por Aldizangela Brito