Operação prende 10 suspeitos de sequestrar pai de prefeito no Mato Grosso

Edson Joel é pai de Rogério de Oliveira, prefeito de Jangada (Arquivo Pessoal)
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) — Dez pessoas investigadas por participarem no sequestro e extorsão do produtor rural Edson Joel de Almeida Meira, de 57 anos, foram presas durante uma operação da Polícia Civil. A vítima é pai do prefeito de Jangada (a 77 quilômetros de Cuiabá), Rogério de Oliveira Meira, de 28 anos. O crime ocorreu em outubro do ano passado. Ao todo, 12 pessoas foram indiciadas.

Segundo a Polícia Civil, a ação faz parte da segunda fase da Operação Efeito Dominó, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). No início do ano, outras duas pessoas também foram presas por envolvimento no sequestro.

A investigação apontou que as provas comprovaram a participação de mais 10 envolvidos diretamente nos crimes, todos indiciados por roubo majorado e extorsão mediante sequestro. O juiz da Comarca de Rosário Oeste converteu as prisões temporárias em preventivas.

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Investigação foi feita pela GCCO (Reprodução/PJC-MT)
Sequestro e extorsão

O crime ocorreu na madrugada de 22 de outubro de 2023, em uma fazenda na zona rural de Jangada. Os envolvidos invadiram a propriedade rural e fizeram funcionários reféns, amarrados. Os criminosos esperaram o pecuarista chegar no local, durante o amanhecer, para sequestrá-lo.

Edson foi levado no próprio veículo para um cativeiro. No local, os investigados começaram a pedir resgate para soltura da vítima. Os familiares fizeram depósitos aos criminosos e após início da atuação da polícia, o pecuarista foi encontrado comunidade Rancharia, no município de Nossa Senhora do Livramento.

O fazendeiro conseguiu escapar do local onde estava preso em cativeiro e caminhou até a comunidade, onde foi encontrado pelos policiais civis. Ainda no mesmo dia, três envolvidos no crime foram presos nas cidades de Nova Olímpia e Nova Marilândia. Entre os presos, um casal que seria mentor do sequestro.

Um dos investigados presos contou, durante interrogatório, que o grupo tinha a intenção de exigir valores altos para família da vítima. Ele receberia R$ 7 mil para vigiar a vítima no cativeiro. No entanto, com a prisão do casal que negociou o sequestro, e da mulher que receberia o dinheiro em contas bancárias, os demais envolvidos resolveram abandonar o plano.

O inquérito concluído pela Polícia Civil será encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).

Leia mais: Sem policiais, MP quer interdição de penitenciária em Mato Grosso
Editado por Aldizangela Brito
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