Orçamento Secreto: Marcelo Castro apresenta relatório sobre alteração do texto

O relator-geral do Orçamento 2023, senador Marcelo Castro, durante entrevista coletiva após reunião com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e equipe de transição (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – Em meio a um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade das emendas de relator do chamado Orçamento Secreto, criticadas pela falta de transparência, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) apresentou nesta quinta-feira, 15, um relatório favorável ao Projeto de Resolução (PRN 3/2022) que tem o objetivo de dar transparência às emendas.

O texto, apresentado em conjunto pelas mesas do Senado e da Câmara dos Deputados, estabelece critérios de distribuição das emendas de relator no Orçamento Secreto (RP9) e está na pauta do Congresso marcada para esta quinta-feira. O parecer de Castro sugere a aprovação na forma de um substitutivo.

Na prática, da forma como está hoje, a decisão sobre o repasse das emendas RP9 fica com o próprio relator do Orçamento e é alvo de críticas por não ter critérios objetivos.

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Já a proposta apresentada hoje defende que o relator passe a fazer indicações para a execução das programações cadastradas por parlamentares, que poderão ser fundamentadas em demandas apresentadas por agentes públicos ou por representantes da sociedade civil.

O texto prevê que as indicações para essas emendas serão feitas respeitando o tamanho das bancadas partidárias:

  • 15% para o comando do Senado e da Câmara: 7,5% para a Mesa Diretora de cada Casa;
  • 5% para serem divididos entre o presidente e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO), e;
  • 80% para as indicações dos partidos, de acordo com o tamanho das bancadas: 23,33% para as indicações dos senadores e 56,66% para as indicações dos deputados;

Saúde, educação e assistência social

No projeto de lei orçamentária de 2023, a reserva para as emendas do relator-geral é de R$ 19,4 bilhões. A medida garante que 50% das emendas deverão ser direcionadas para ações e serviços públicos de saúde, educação e assistência social.

Castro acatou uma emenda do senador Esperidião Amin (PP-SC) para incluir a liberação de dinheiro das emendas para a educação. Antes, o texto previa a reserva apenas para “saúde ou assistência social”.

Outra emenda acatada, da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), substituiu a conjunção “ou” por “e” de forma a assegurar que ambas as áreas sejam contempladas.

“Ressaltamos a inclusão do critério de que, no mínimo, 50% dessas emendas, serão executadas em ações e serviços públicos de saúde ou de assistência social, de forma a priorizar a execução de políticas públicas voltadas para o bem-estar geral de toda a população brasileira, em áreas com recorrente escassez de recursos públicos, e que visem atender a população mais carente do Brasil”, disse Castro.

(*) Com informações da Agência Brasil
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