Pará lidera ranking de compras digitais durante pandemia na região Norte


16 de agosto de 2020
Pará lidera ranking de compras digitais durante pandemia na região Norte
Apesar do duro golpe na economia, consumo no mercado digital atingiu níveis razoáveis na região norte do país. (Reprodução/Internet)

Da Revista Cenarium *

MANAUS – Consumidores das regiões Nordeste e Norte foram os que menos perderam poder de compra desde o começo da pandemia de Covid-19. A constatação é de um estudo produzido pelo pag!, fintech que está entre os maiores bancos digitais do Brasil, já teve mais de 8 milhões de pedidos pelo seu produto e possui 700 mil clientes ativos. O levantamento foi realizado entre os dias 20 de março e 20 de julho deste ano.

De acordo com o levantamento, o Pará foi o lugar onde esse índice mais avançou, superando a casa 9 pontos percentuais no período. Houve crescimento também em outros Estados do Norte e na região Nordeste, com variações positivas de 1,7% a 6,94%.

Em contrapartida, os gastos diários dos moradores de São Paulo e Rio Grande do Sul diminuíram 8,25% e 5,64%, respectivamente. Também houve queda no Rio de Janeiro -3,94% e no DF -1,92% também houve queda.

Segundo o Felipe Felix, CEO do pag!, uma das razões para essa diminuição pode ser explicada pelos diferentes comportamentos de consumo nessas regiões.

Cultura de consumo

Para o CEO, se trata de hábitos de consumo. “No Norte e no Nordeste, os impactos foram menores porque os gastos das famílias são mais focados em produtos de primeira necessidade como alimentação e moradia, por exemplo. Já os consumidores de São Paulo e do Rio Grande do Sul costumam reservar mais espaço no orçamento para itens tidos como não essenciais”, explicou.

Outro dado trazido pelo estudo do pag! foi o de gasto médio por ramo de atividade básica (MCC, na sigla em inglês), que indicou redução de 50% nos desembolsos destinados para a Educação. “É um indicador preocupante e com impactos de longo prazo, caso essa diminuição ocorra por um período muito extenso”, alerta Felix.

Além disso, o levantamento mostrou que os gastos com peças de vestuário (-25%), combustíveis (-30%) e, naturalmente, viagens (-60%) foram os mais impactados no período. Por outro lado, os desembolsos com moradia e eletrônicos aumentaram 30%, enquanto os valores destinados a cuidados com os pets e compras de supermercado cresceram cerca de 20%.

Um alento no horizonte 

A análise mostrou que até o final de março era possível identificar queda de até 40% no gasto médio das famílias brasileiras, tendência que começou a ser revertida já em abril e se manteve crescente nos meses de maio, junho e julho.

“O maior uso do cartão de crédito e meios digitais de pagamento, o auxílio emergencial liberado pela Caixa, o rápido avanço do e-commerce e a reabertura gradual dos diversos setores tiveram influência positiva nos dados”, avaliou Felix.

As ‘compras de mês’ estão de volta. Com o avanço da pandemia, o hábito de ir ao supermercado várias vezes durante a semana foi substituído pelas grandes compras de mês – uma rotina bem conhecida de quem viveu nos anos 80. “Com isso, o tíquete-médio por compra acabou aumentando a partir de março, passando de R﹩ 80 para a casa de R﹩ 90 nos meses de maio, junho e julho”, observou.

Levantamento

O estudo foi realizado a partir de uma consulta ao banco de dados da empresa e leva em conta os gastos no cartão de crédito de cerca de 700 mil clientes do pag!. A análise não traz quaisquer dados confidenciais que permitam a identificação dos consumidores.

No Norte, os destaques além do Pará foram os Estados do Acre + 6.8%, Amapá + 6.63% e Amazonas + 3.56%. Roraima -0.71% foi o único Estado que registrou queda no índice.

Em todos os Estados do Nordeste os gastos diários dos habitantes da região subiram durante o período analisado: Piauí +5.74%, Alagoas + 5.62%, Maranhão +5.43%, Ceará + 4.89%, Paraíba + 3.63%, Rio Grande do Norte + 3,42%, Bahia + 3.27%, Sergipe + 3.21% e Pernambuco + 1.75%.

Os gastos dos habitantes de Minas Gerais +2,63% e Espírito Santo +0,75% cresceram no período, movimento contrário ao verificado no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Na comparação entre Estados do Sul, Santa Catarina foi o que teve a menor queda nos gastos diários -1,2%. Em Mato Grosso, os gastos diários aumentaram 1.47%. No vizinho Mato Grosso do Sul, a queda foi de 1.47%.

(*) Com informações da Assessoria pag!, fintech

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