‘Paraguai será prioridade do Brasil para envio de vacinas ao exterior’, diz ministro das Relações Exteriores


17 de março de 2021
‘Paraguai será prioridade do Brasil para envio de vacinas ao exterior’, diz ministro das Relações Exteriores
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ocupa o cargo desde 1° de janeiro de 2019 (Reprodução/Internet)

Com informações da Folhapress

BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira, 17, que o Paraguai será prioridade do Brasil quando o País estiver apto a enviar vacinas contra o coronavírus ao exterior.

“O Brasil tem como prioridade na sua cooperação internacional no tema das vacinas o Paraguai. Assim que estejamos prontos para começar a cooperar internacionalmente no provimento de vacinas, o Paraguai será a nossa prioridade número um”, declarou Ernesto, após reunião com o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Euclides Acevedo.

Na prática, a declaração de Ernesto é uma negativa ao pleito dos paraguaios de acessar no curto prazo vacinas contra a Covid-19 no Brasil, uma das prioridades do governo Mario Abdo Benítez, atualmente ameaçado de destituição.

O governo Abdo Benítez já encaminhou uma consulta a Brasília sobre a possibilidade de doação ou exportação de imunizantes, mas recebeu a resposta de que não será possível atender a solicitação porque o Brasil enfrenta escassez de vacinas.

Interlocutores no governo Bolsonaro disseram, sob condição de anonimato, que qualquer envio de doses de vacina ao exterior – mesmo que em pequena quantidade – seria fortemente criticado internamente. Abdo Benítez enfrenta uma ameaça de impeachment desencadeada com os recentes protestos contra sua gestão na pandemia.

O roteiro de Acevedo por países vizinhos foi pensando para colher demonstrações de apoio ao presidente paraguaio. Nos próximos dias, ele tem reuniões na Argentina e no Chile.

Além da busca por vacinas e insumos, o principal objetivo da agenda de Acevedo em Brasília era conseguir um compromisso do governo Bolsonaro sobre uma data para o início das negociações da revisão do anexo C do Tratado de Itaipu, que determinará as condições de comercialização e preços de energia da usina a partir de 2023.

Os paraguaios saíram da reunião com Ernesto com a sinalização de que o Brasil está pronto para começar as discussões “tão logo as circunstâncias da pandemia minimamente o permitam”.

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