PEC quer garantir plano de saúde para servidores da extinta Sucam infectados por agrotóxico


20 de outubro de 2021
PEC quer garantir plano de saúde para servidores da extinta Sucam infectados por agrotóxico
Injeção de químicos em zona rural: danos ao meio ambiente e à saúde humana (Reprodução/O Globo)
Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o relatório da PEC 101/2019, de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB/AC) e que garante plano de saúde aos guardas da extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), contaminados pelo inseticida Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT) e outros inseticidas durante a execução das políticas de estratégia de saúde pública para o combate de endemias como a malária e a doença de Chagas.

Ex-funcionários da extinta Sucam comemoraram aprovação de PEC na CCJ (Reprodução/Câmara)

A PEC, de autoria do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), vai beneficiar os servidores admitidos até 31 de dezembro de 1988, que tiveram contato com as substâncias. Agora a PEC segue para a Comissão Especial.

Naquela época, o contato com essas substâncias já era proibido em diversos países do mundo, mesmo assim, o uso no Brasil ocorreu até o início dos anos 90 e acarretou problemas irreversíveis de saúde para os servidores.

Diversos servidores do Acre, Mato Grosso, Pará e Rondônia morreram por intoxicação. O veneno acarretou também doenças como câncer de cabeça e a leucemia. Além disso, a maioria dos trabalhadores não era submetida a exames regulares e até hoje continuam desassistidos em questões de saúde.

“Há uma urgência nesse tema, porque ainda tem muita gente morrendo por falta de atendimento à saúde. Precisamos seguir com a PEC 101 que garante apoio e atendimento de saúde aos guardas contaminados pelo DDT”, disse a deputada.

Funcionários da antiga Sucam vão ter apoio para cuidarem da saúde ( Assessoria/ Câmara)

Perpétua dedicou a aprovação do relatório a dois representantes da categoria, Aldo Moura, do Acre, e Abson Praxedes, de Rondônia. Ambos são reconhecidos pela luta em defesa das vítimas contaminadas pelo DDT.

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