Pesquisadores descobrem novo tratamento para leucemia

Terapia tem ajudado muitas pessoas com câncer no sangue, mas não é eficaz em todos os casos (Foto: Pixabay)

Com informações do O Globo

Doug Olson tinha apenas 49 anos quando foi diagnosticado com leucemia linfocítica crônica, um câncer no sangue que atinge principalmente pessoas mais velhas e é responsável por cerca de um quarto dos casos de leucemia nos EUA. O tumor foi descoberto durante uma consulta de rotina, com palpação dos gânglios linfáticos do pescoço, e posteriormente confirmado por meio de biópsia. Olson, que sempre foi saudável, pensou que sua vida tinha acabado.

Seis anos se passaram sem que o câncer progredisse, até que começou a crescer. E mesmo depois de quatro rodadas de quimioterapia, o tumor continuou voltando. Olson havia chegado ao fim da linha quando seu oncologista, o Dr. David Porter, da Universidade da Pensilvânia, lhe ofereceu a chance de estar entre os primeiros pacientes a tentar algo sem precedentes, hoje conhecido como terapia com células CAR T.

Em 2010, ele se tornou o segundo de três pacientes a receber o novo tratamento. Na época, a ideia para esse tipo de terapia “ainda era muito insípida”, disse Carl June, principal autor do estudo. Segundo o pesquisador, ele mesmo tinha poucas expectativas de que as células fornecidas a Olson como terapia sobreviveriam. “Pensamos que elas morreriam em um mês ou dois”, disse June.

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“Agora podemos finalmente dizer a palavra “cura” com células CAR T”, disse June. Embora a maioria dos pacientes não se saia tão bem com o tratamento, os resultados trazem esperança de que, para alguns, o câncer será vencido. Mas os mistérios permanecem.

O tratamento envolve a remoção de células T — glóbulos brancos que combatem vírus — do sangue de um paciente e a engenharia genética deles para combater o câncer. Em seguida, as células modificadas são infundidas de volta à circulação do paciente.

No caso da leucemia linfocítica crônica, do tipo que Olson tinha, o câncer envolvia células B, as células formadoras de anticorpos do sistema imunológico. No tratamento com CAR T, as células T de um paciente são ensinadas a reconhecer as células B e destruí-las. Se o tratamento for bem-sucedido, o resultado é a destruição de todas as células B do corpo. Isso significa que os pacientes ficariam sem células B, mas também sem câncer. Assim, eles exigiriam infusões regulares de anticorpos na forma de infusões de imunoglobulinas.

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