PF marca depoimento de Bolsonaro sobre atos golpistas do 8 de janeiro


20 de abril de 2023
Bolsonaro vai depor em um dos inquéritos abertos pela PF, que mira os autores intelectuais da investida golpista (Joe Raedle/Getty Images/AFP)
Bolsonaro vai depor em um dos inquéritos abertos pela PF, que mira os autores intelectuais da investida golpista (Joe Raedle/Getty Images/AFP)

Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima quarta-feira, 26, na investigação aberta para apurar os ataques aos prédios dos três Poderes no dia 8 de janeiro. Bolsonaro vai depor em um dos inquéritos abertos pela PF, que mira os autores intelectuais da investida golpista que desaguou na invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF abriu quatro frentes de investigação após os ataques dos bolsonaristas acampados no QG do Exército. Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação da PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal. A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.

Essas investigações deram origem a dez fases ostensivas da Lesa Pátria, até o momento, deflagradas pela PF para avançar nas apurações.

Invasão

A invasão aos três poderes ocorreu no dia 8 de janeiro. Os golpistas pediam intervenção federal, que era a tônica das manifestações antidemocráticas por todo o País, após o resultado da eleição presidencial que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os atos são considerados antidemocráticos porque pedem intervenção federal para impedir um governo legitimamente constituído, conforme a Lei N° 14.197, conhecida como Lei do Estado democrático de direito.

A ação aconteceu dois anos após a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, no dia 6 de janeiro de 2021, que ficou conhecida como um dos maiores atos contra a democracia recente. Assim como no Brasil, nos EUA, os protestos eram contra o resultado das urnas que levou o democrata Joe Biden ao poder.

(*) Com informações da Folhapress

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