Pirarucu de 2,9 metros e 220 kg é pescado no AM; peixe pode ser o maior do mundo
19 de junho de 2021
Pirarucu mede 2,9 metros e cerca de 220 kg, congelado e sem vísceras (Euzivaldo Queiroz/BNC Amazonas)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – Um pirarucu de 2,9 metros e cerca de 220 kg foi pescado no Amazonas e pode ser considerado o maior do mundo. O “bacalhau da Amazônia” foi capturado no dia 12 de novembro de 2020 na despesca do manejo do pirarucu na comunidade ilha da Mameloca, no município de Japurá, a 747 quilômetros de Manaus. Congelado desde então, o destino do peixe está sendo discutido por órgãos estaduais e instituições.
De acordo com um portal de notícias no Estado, apenas a cabeça do peixe mede 69 centímetros. A nadadeira peitoral tem 40 centímetros de comprimento por 30 centímetros de largura e a cauda possui 75 centímetros de comprimento. A idade dele é estimada em 30 anos. O peso do pirarucu, sem vísceras e congelado, chegou a 220 kg.
Armazenado há 7 meses, o destino do peixe está sendo organizado pela Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) que solicitou apoio de representantes da comunidade científica como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O pirarucu é o maior peixe de escama de água doce do mundo e exclusivo da Bacia Amazônica. Apesar de ser uma espécie resistente, os ninhos formados durante a seca ficam expostos e tornam o peixe bastante vulnerável à ação dos pescadores. O peixe se difere dos demais animais da espécie, que têm em média 2 metros e costumam chegar a até 250 quilos.
Pirarucu sendo medido na altura (Euzivaldo Queiroz/BNC Amazonas)
Na Amazônia
Um “peixe dinossauro” com magnitude parecida com o capturado no Amazonas foi pescado em Rondônia, em abril deste ano. O pescador Fábio Fregona fisgou um peixe desta espécie com cerca de 2 m de comprimento e com aproximadamente 100 kg, em uma das partes alagadas pela cheia do rio Madeira, na região de Jaci-Paraná.
Risco de extinção
A espécie corre risco de extinção devido à pesca predatória praticada ao longo de muitos anos. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor o número de pirarucus pescados. A exploração não sustentável fez com que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criasse em 2004 uma Instrução Normativa que regulamenta a pesca do pirarucu na Amazônia, proibindo-a em alguns meses do ano e estabelecendo tamanhos mínimos para pesca e comercialização da espécie.
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