Pivô de uma crise no Governo Lula, União Brasil pode perder dois senadores
14 de junho de 2023
Dia da convenção das fusões das legendas DEM e PSL (Divulgação/DEM)
Da Revista Cenarium*
BRASÍLIA – Pivô de uma crise no Governo Lula (PT), o União Brasil perdeu um senador e pode ficar sem outro nos próximos dias.
Rodrigo Cunha anunciou nesta quarta-feira, 14, sua filiação ao Podemos, com o objetivo de se fortalecer politicamente em seu Estado, Alagoas. A legenda também negocia a filiação da senadora Soraya Thronicke (MS), que foi candidata à Presidência da República pelo União Brasil nas últimas eleições.
Dirigentes do União Brasil e do Podemos já foram avisados da intenção por Soraya e dizem que as negociações estão avançadas.
A senadora, que tem tido uma relação de turbulência com o União, nos últimos tempos, nega a mudança de partido, neste momento. Soraya está internada em um hospital particular de Brasília para acompanhar o quadro alérgico grave que se manifestou há algumas semanas.
“A parlamentar garante que, neste momento, permanece filiada ao seu partido União Brasil e qualquer informação a respeito de uma possível mudança de sigla será informada, oficialmente, por sua assessoria de imprensa”, disse sua assessoria, em nota.
Com a filiação de Cunha e a possível saída de Soraya, o União Brasil ficará com sete senadores, uma redução de três cadeiras em relação ao mês das eleições, outubro de 2022.
No começo do ano, o partido já tinha sofrido uma baixa com a saída do senador Chico Rodrigues (RR), atualmente no PSB.
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) dá um beijo no colega Efraim Filho (União Brasil-PB) durante votação da eleição para a presidência do Senado (Ranier Bragon/2.fev.2023/Folhapress)
Na época, pesou a busca de Rodrigues por um partido da base de Lula, o do vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB).
O União Brasil, que é o resultado da fusão do DEM com o PSL, tem abrigado uma disputa interna de correntes e, hoje, é a maior dor de cabeça dentro da base do Governo Lula.
O partido tem três ministérios em sua cota. Na Câmara, o grupo liderado por Elmar Nascimento (BA) pressiona o governo a trocar a ministra Daniela Carneiro (Turismo), em litígio com a bancada, por Celso Sabino (União Brasil-PA).
No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é o padrinho dos dois outros ministros na cota da legenda, Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional).
O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (União Brasil-PB), afirmou que o partido negocia a filiação de outro senador. “Perdeu um e vai ganhar um. Então, a bancada não ficará menor”, disse Efraim sobre a saída de Cunha.
Um dos nomes em negociação é o do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). O senador tem afirmado a pessoas próximas, no entanto, que tende a se filiar ao PP, sigla do também senador e ex-ministro Ciro Nogueira (PI).
Atualmente, as maiores bancadas no Senado são do PSD, de Rodrigo Pacheco (MG), com 15 das 81 vagas, e o PL de Jair Bolsonaro, com 12.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.