Plataforma colaborativa mapeia ciclovias de todo Brasil

Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA – Uma plataforma aberta e colaborativa pode ser a grande aliada dos ciclistas em todo o Brasil. O CicloMapa possui dados abertos sobre as ciclovias e pode ser consultado por qualquer pessoa, empresa, além do poder público e interessados neste meio de transporte.

Criada pela União de Ciclistas do Brasil (UCB) e o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), a ferramenta também pode servir para ajudar no melhoramento das condições cicloviárias no País, afirma Leticia Bortolon, gerente de Políticas Públicas do ITDP.

“Para monitorar a implementação de políticas públicas voltadas para a mobilidade por bicicleta, é fundamental que tenhamos dados abertos e padronizados entre todas as cidades brasileiras. O CicloMapa preenche o vazio que tínhamos nesse sentido, sendo uma ferramenta essencial para o controle social da implementação de infraestruturas para bicicletas no Brasil”, disse Bortolon.

Engajamento

O coordenador do Projeto pela UCB, Felipe Alves, diz que a ideia é contar com um maior engajamento da sociedade civil em geral para que a ferramenta esteja sempre atualizada. Para isso, a UCB está em diálogo com possíveis parceiros, como é o caso da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). “Esta parceria ainda não está totalmente fechada, a ideia é que a Associação colabore para que nossa rede de comunicação e alcance cresça ainda mais”, disse.

O CicloMapa dispõe, atualmente, de mais de 29 mil km em 563 cidades mapeadas, com o registro de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas, calçadas compartilhadas, entre outros dados. Felipe Alves conta que qualquer pessoa pode acrescentar informações na plataforma que é de fácil entendimento e com design atraente e informativo, mais um aspecto positivo para que as pessoas acessem e colaborem.

Região Amazônica

Em relação aos Estados da Região Norte do País, Felipe revela que, no ano passado, a União de Ciclistas do Brasil tentou fazer uma rodada de conversas com pessoas de diversas cidades para melhorar a base de dados desses locais. A UCB conseguiu informações de Manaus, no Amazonas, em Rio Branco, no Acre e em Belém do Pará.

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Apesar de ter desenvolvido uma boa rede cicloviária, Rio Branco, até o momento, não tem uma participação consolidada na plataforma. Manaus está presente no CicloMapa, mas a cidade possui uma cobertura considera muito pequena. Já a capital do Pará apresenta uma rede cicloviária um pouco melhor e também figura na plataforma. No geral, segundo avaliação de Felipe Alves, as capitais da Região Norte estão com a cobertura cicloviária muito baixa, ou por não existir nada na cidade pensado para o ciclista, ou porque os dados não estão sendo atualizados.

Para conhecer a plataforma acesse o ciclomapa.