Policiais militares são alvo de operação do MP-AM por suspeita de tortura

Sede do MP-AM, em Manaus. (Divulgação)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – Dois policiais militares da Secretaria de Estado Adjunta de Operações (Seaop) foram presos na manhã desta sexta-feira, 25, na Operação Tertium Genus, do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), pela 60ª Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial (Proceap), que apura denúncias de tortura ocorrido em junho deste ano.

Segundo o MP-AM, os policiais militares estavam descaracterizados e armados, quando, em 12 de junho deste ano, arrombaram a residência de uma moradora do bairro Educandos, zona Sul de Manaus, sem ordem judicial, alegando estar atrás de drogas e armas que seriam supostamente do namorado da moradora. “Os policiais, após arrombarem a porta da casa, onde funciona também uma distribuidora de bebidas, passaram a agredir a moradora em busca de informações, o que, em tese, pode configurar o crime de tortura e ainda outros crimes“, diz.

Leia mais: Técnica de tortura de fraturar dedos de presos é usada em três Estados da Amazônia

Além da ação, a Proceap investiga a atuação da Seaop, não prevista na Constituição Federal como órgão de Segurança Pública, sendo uma secretaria criada no seio da Secretaria de Segurança. Segundo o MP, a atuação da Seaop estaria acima dos controles da Secretaria de Segurança, isso porque essa atua em estrutura hierarquizada.

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A Seaop estaria acima destes controles, como um anexo situado ao topo da estrutura da Administração estatal, passível unicamente de ordens diretas do próprio Seaop, do SSP e do Governo do Estado, situação anômala e indesejável em termos institucionais, inclusive de maneira clandestina, por não possuírem atribuições para instauração de procedimentos próprios e passíveis de controle, como é o Inquérito Policial“, explicou.

Edição por Eduardo Figueiredo

Revisão por Gustavo Gilona

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