Presidente do Procon-AM chama aumento da gasolina de injustificado e fora do padrão
15 de julho de 2024
O diretor-presidente do Procon-AM, Jalil Fraxe (Divulgação/Aleam)
Jefferson Ramos – Da Cenarium*
MANAUS (AM) – O diretor-presidente do Instituto de Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon-AM), Jalil Fraxe, reconheceu que a variação do dólar e a cobrança da ‘taxa de pouca água‘ influenciaram o aumento de R$ 0,60 no preço da gasolina comum em Manaus (AM), mas que a elevação não é justificada e que foi feita de “uma só vez“, fugindo do padrão do mercado.
À CENARIUM, Jalil desafiou o Sindicato Estadual do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo, Álcool e Lubrificantes (Sindicombustíveis-AM) a ser mais transparente no repasse dos custos do transporte e da compra do derivado do petróleo. De acordo com ele, atualmente as revendedoras não informam quando o combustível é adquirido mais caro pela distribuidora.
“A questão logística e ambiental que a gente vai ver agora no período de estiagem tem influência no preço do combustível, principalmente, no Amazonas, mas na minha opinião pessoal, não justifica esses R$ 0,60. Se eles (Sindicombustíveis-AM) têm como comprovar que eles sejam transparente conosco (Procon), mas também com os consumidores“, avaliou.
Até semana passada, o derivado de petróleo era vendido a R$ 6,29 e passou a ser comercializado ainda neste fim de semana por R$ 6,89. Nesses dois anos de privatização da Refinaria da Amazônia (Ream), a gasolina comum subiu R$ 5,19 para R$ 6,31, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O aumento foi de 21% no Amazonas desde que o grupo Atem assumiu a refinaria localizada em Manaus. Os dados consideram o período entre os dias 4 de dezembro de 2022 e 30 de junho deste ano. Se considerar o aumento desta semana, a elevação é de R$ 32%.
Refinaria da Amazônia (Ream), localizada na capital amazonense (Divulgação)
Jalil evitou responsabilizar apenas a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras como o responsável pela aumento do preço final do insumo. Ele apontou também o aumento da gasolina pela Petrobras influencia o mercado local, apesar da privatização da refinaria em Manaus.
“Temos outros problemas sendo enfrentados agora, como por exemplo, a taxa da pouca água. São problemas que existem. E isso influencia o preço do combustível aqui. O dólar tem influência, tudo influencia. Estamos recolhendo as notas fiscais e eles realmente estão comprando mais caro, mas nada que justifica os R$ 0,60”, reforçou.
O painel de preço da Petrobras ‘Como os preços são formados’ aponta que o Amazonas é o Estado em que as distribuidoras e revendedoras têm a maior margem de preço em cima da gasolina. A margem é de R$ 1,42.
Dos 27 unidades da federação, a Petrobras divulgou informações de 17 unidades da federação, entre elas: Amazonas (R$ 1,42), Alagoas (R$ 1,11), Ceará (R$ 0,96), Distrito Federal (R$ 0,87), Espírito Santo (R$ 1,04), Goiânia (R$ 0,84), Maranhão (R$ 0,89), Mato Grosso (R$ 0,69), Minas Gerais (R$ 0,92), Paraná (R$ 0,92), Paraíba (R$ 1,00), Pará (R$ 1,00), Pernambuco (R$ 1,00), Rio Grande do Sul (R$ 1,01), Rio de Janeiro (R$ 0,85), Santa Catarina (R$ 0,94), São Paulo (R$ 0,73).
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