Com informações do Infoglobo
BRASÍLIA – Em meio à profusão de notícias falsas disseminadas na internet e a guerra digital travada entre as duas campanhas presidenciais, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta quarta-feira, 19, com representantes das plataformas de redes sociais como Meta, responsável pelo WhatsApp e pelo Facebook, Telegram, Twitter e Google. Também compareceram porta-vozes de Twitch, Kwai e LinkedIn. Segundo Moraes, o 2° turno está “piorando” com relação às fake news.
Durante a conversa, as representantes das empresas admitiram a necessidade de se aprimorar os instrumentos de combate à proliferação de conteúdos falsos. Em nota, o TSE disse que Moraes pediu “total vigilância” no combate à propagação de desinformação.
“Nós avançamos muito no 1° turno. Tivemos, graças ao apoio das plataformas e redes sociais, um 1° turno bem dentro do razoável, talvez até melhor do que todos nós esperávamos. Mas estamos tendo um 2° turno piorando cada vez mais neste aspecto. E, isso, da parte do TSE, vem demandando medidas mais duras”, disse o ministro durante o encontro.
Também estiveram na reunião o vice-procurador-geral-eleitoral, Paulo Gonet, o secretário-geral do TSE, José Levi do Amaral, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o diretor-geral do TSE, Rui Moreira, e o coordenador do núcleo de desinformação do TSE, Eduardo Tagliafërro. Os ministros Sérgio Banhos, Isabel Gallotti, Carlos Horbach e Maria Cláudia Bucchianeri também participaram.
Esta é a primeira reunião de Moraes com as plataformas digitais desde que assumiu a presidência do TSE, em agosto, e ocorre a pouco menos de duas semanas para o 2° turno das eleições.
Como mostrou o GLOBO, a 11 dias do 2° turno, tanto Lula quanto Bolsonaro tem apostado alto na guerra digital. A propagação de fake news tem feito com que a Corte venha ordenando uma série de exclusão de postagens, mas sem conseguir conter a enxurrada de mentiras sobre os candidatos.
De olho nisso, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, abriu nesta terça-feira, 18, uma investigação sobre uma rede usada para favorecer Bolsonaro.
A decisão do ministro atende a um pedido da campanha do PT, que apontou a existência de um “ecossistema de desinformação” que teria como ponto central o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), responsável pela estratégia digital do presidente. Segundo o magistrado, “há indícios de uma atuação concentrada para a difusão massificada e veloz de desinformação”, que tem Lula como principal alvo.
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