Professores, deputados e governo vão se reunir para tratar sobre paralisação no AM

Professores levaram faixas com reivindicações (Reprodução)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

MANAUS – O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), informou, nesta quarta-feira, 17, após reunião com deputados e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), que um encontro está marcado para acontecer nesta quinta-feira, 18, na sede do governo, com o secretário da Casa Civil, Flávio Antony Filho, deputados estaduais e o sindicato.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 25%, pagamento de data-base referente aos anos 2022 e 2023, além dos retroativos de 2020 e 2021, assim como plano de saúde aos profissionais aposentados. Do lado de fora da Aleam, centenas de professores bloqueavam o trânsito a cada dois minutos, nesta quarta-feira, 17, para chamar a atenção dos motoristas que passavam pela Avenida Mário Ypiranga Monteiro, Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus.

“Nós entramos em contato com o governador Wilson Lima e de imediato ele falou que está a disposição para dialogar. Então, amanhã à tarde, nós teremos uma reunião entre representantes do sindicato, secretário da Casa Civil e deputados. Todos estão envolvidos para que a gente chegue no consenso”, explicou Roberto Cidade.

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A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, disse que representantes do sindicato estarão na reunião com o secretário da Casa Civil, mas ressaltou que enquanto as negociações acontecem, a greve dos professores do Amazonas vai continuar. Segundo Ana Cristina, a paralisação acontece também em 43 cidades do Estado.

“Nossas perdas salariais somam, aproximadamente, 25%. Esse é o percentual que estamos reivindicando, estamos pedindo ainda o reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade, revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados”, explicou Ana Cristina.

Suspensão

O desembargador Domingos Jorge Chalub Pereira, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), havia determinado a suspensão do indicativo de greve dos professores da rede estadual de ensino. A decisão foi proferida na tarde de segunda-feira, 15, em regime de urgência, após Ação Civil Pública ingressada pelo Estado do Amazonas.

Na sentença, o magistrado ressaltou que a assembleia promovida pelo Sinteam “parece carecer de legitimidade”, qualidade necessária para ter a legalidade reconhecida. Isso porque, conforme relatado na decisão, apenas 2 mil pessoas, do total de cerca de 30 mil associados, compareceram à reunião que aprovou a paralisação, no último dia 11.

Estudo financeiro

Em nota, o Governo do Amazonas informou que já trabalha em um estudo financeiro, em virtude da queda na arrecadação no Estado, situação registrada também em outros estados, para que seja definido qual percentual de reajuste será oferecido aos profissionais da rede estadual de Educação do Amazonas.

“O compromisso da atual administração estadual com a valorização dos profissionais da Educação que, desde 2019, já pagou mais de R$ 139 milhões em abono Fundeb para todos os servidores, entre professores e administrativos, ato inédito até então. O governo concedeu, também, de 2019 a 2021, quase 14% de reajuste salarial, sendo o último, de 9,19% a contar de 01 de janeiro de 2022; realizou a progressão vertical e horizontal de 18,7 mil servidores; além de investimentos realizados na qualificação dos profissionais e melhorias na infraestrutura das unidades de ensino”, destaca o Governo do Amazonas.

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