Projeto distribui filtros para água potável a integrantes do povo indígena no PA

Atuação do Projeto Saúde & Alegria com comunidades indígenas do Alto Tapajós durante pandemia - Divulgação
Da Revista Cenarium*

MANAUS – “Acesso à Água Potável para os Mundurukusfoi o projeto selecionado pelo Desafio Fundo Catalisador 2030 para receber R$ 200 mil, a serem destinados à distribuição de filtros para o povo indígena que vive em Itaituba e Jacareacanga, no Pará.

O movimento Catalyst 2030 Brasil anunciou nesta quarta-feira, 22, o vencedor do edital pioneiro voltado para o financiamento de iniciativas que atuam em colaboração em projetos de gestão sustentável de água.

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A iniciativa vencedora é administrada de forma colaborativa por Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, da ONG Saúde e Alegria, Water is Life, Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri.

Com Saúde & Alegria Sem Corona
Atuação do Projeto Saúde & Alegria com comunidades indígenas do Alto Tapajós durante pandemia – Divulgação

Serão beneficiadas comunidades indígenas que vão conseguir transformar em potável a água de rios, igarapés, cacimbas e pluviais, utilizando os filtros financiados pelo fundo, que contou com o aporte inicial da água AMA, da Ambev.

“O fundo ainda é pequeno, mas tem potencial de atrair mais investimentos”, diz Raphael Mayer, chairman do Catalyst 2030 Brasil e cofundador da Simbiose Social.

Para ele, as demandas de água potável e saneamento no Brasil precisam de capital intensivo para financiar projetos sistêmicos e estruturantes.

“O objetivo desta primeira edição foi estimular ações e servir de modelo para projetos de impacto colaborativo.”

Ao todo, 26 projetos foram inscritos no Desafio Fundo Catalisador 2030, abrangendo as cinco regiões brasileiras e envolvendo 93 organizações. A proposta era encontrar iniciativas que aceleram a meta número 6 dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU.

Entre os finalistas estão um projeto que leva água potável para comunidades amazônicas, uma iniciativa de proteção de duas nascentes em uma aldeia indígena, uma ação de distribuição de filtros de barro para comunidades quilombolas e um projeto que atende 46 famílias mineiras em práticas concretas de cuidado com a água.

FINALISTAS DO DESAFIO FUNDO CATALISADOR 2030
  • Acesso à Água Potável para os Mundurukus (vencedor)O projeto distribui filtros para integrantes do povo indígena munduruku, que vive em Itaituba e Jacareacanga (PA). Desenvolvido por Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, do projeto Saúde e Alegria, Water is Life, DSEI Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri.
  • Água Potável para uma Comunidade AmazônicaA iniciativa leva água potável para comunidades na Amazônia, no Acre, com foco em alunos e na comunidade em geral. Criado pela Associação Biosaneamento, PWTech Trazendo Água Boa e SWTech Soluções Inteligentes.
  • Colaborando no Manejo da Água: Aldeia Guyrá PepoA ação foca na proteção de duas nascentes, captação de água da chuva e portabilidade para 320 pessoas. Desenvolvida por Ipesa, Permacultores Urbanos, Waterlution, Cultura Curiosa e OS 3 Arquitetura.
  • Projeto Social AquabarroA iniciativa adaptou um filtro de barro tradicional, na comunidade quilombola de Buíque (PE), para um modelo com tecnologia que potencializa o processo de tornar a água própria para consumo em níveis seguros. Criada por Water is Life e SDW.
  • Vale Água, Vale Vida 2023O projeto foca em práticas concretas de cuidado com a água para 46 famílias de comunidades da Chapada do Lagoão, em Araçuaí (MG). Desenvolvido por Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, APA Chapada do Lagoão e Instituto Federal Norte de Minas Gerais (Campus Araçuaí).

A Ambev é a principal patrocinadora do Desafio Fundo Catalisador 2030 ao mobilizar R$ 200 mil para a ação vencedora. Criada com objetivo de promover acesso à água potável, a água mineral AMA é o primeiro negócio social de uma grande empresa no Brasil. Todo lucro do produto é destinado a projetos sociais.

A banca avaliadora do Desafio Fundo Catalisador contou com Renata Ruggiero Moraes (Instituto Iguá); Guilherme Neves Castagna (Fluxus Design Ecológico e Instituto Nova Água), Monica Pasqualim (Instituto Vita) e Gisela Solymos (Centro de Recuperação e Educação Nutricional), cofundadora do Catalyst 2030 Brasil).

O Catalyst 2030 Brasil é parte do movimento global com mais de 400 organizações que impactam diretamente 2 bilhões de pessoas no mundo. O movimento busca criar um ambiente e condições de acelerar os ODS e cumprir a Agenda 2030 da ONU.

Trocar conhecimento, otimizar o financiamento e influenciar políticas públicas são alguns dos pilares do movimento que nasceu em novembro de 2019 durante o Workshop de Impacto Colaborativo realizado pela Folha e pela Fundação Schwab para marcar os 15 anos do Prêmio Empreendedor Social.

(*) Com informações da Folhapress

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