Projeto no RJ ensina crianças a fazer pinturas corporais de grafismos indígenas

Pintura corporal de Amadeu Sateré, em Manaus. (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Da Revista Cenarium (*)

RIO DE JANEIRO – A Casa Museu Eva Klabin, situada na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, está promovendo, nos fins de semana, atividades educativas especiais de pintura corporal indígena para crianças maiores de cinco anos de idade.

A inspiração veio da 25ª edição da exposição Respiração Devir Indígena, atual intervenção artística de grafismos indígenas dos artistas Denilson Baniwa (da etnia Baniwa) e Gustavo Caboco (da etnia Wapichana), que fica em cartaz no local até o próximo dia 20 no local. A informação foi dada à Agência Brasil pelo coordenador do programa, Carlos Miguez.

“Durante as atividades, vamos apresentar uma série de grafismos de diferentes grupos culturais, de etnias diferentes. Vamos apresentar grafismos de culturas indígenas para que as crianças tenham acesso a culturas importantes que, neste momento, precisam ser cada vez mais faladas e apresentadas, para que entendam que os grafismos não são apenas pinturas ou decorações, mas que aquelas imagens são repletas de sentidos e significados de importância”, afirmou Miguez.

PUBLICIDADE

Traços geométricos fazem parte das pinturas corporais indígenas e revelam simbologias, ao mesmo tempo em que evidenciam identidades das etnias, famílias, status social, além de serem essenciais durante festas e rituais. O conjunto de traços e cores traduz a forma de pensar e viver de cada um dos povos que habitam o Brasil.

Cada grafismo impresso no corpo tem um significado. A junção dos grafismos pode representar mensagem, história, mitologia ou posição social dentro das comunidades.

Exposição da 25ª edição do Projeto Respiração “Devir Indígena” na Casa Museu Eva Klabin (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Programa

A partir da aproximação com os grafismos indígenas, as crianças e seus responsáveis serão convidados a escolher ou criar suas próprias pinturas, a partir das suas experiências pessoais, para que as imagens sejam desenhadas e pintadas no próprio corpo.

O Programa de Educação da Casa Museu Eva Klabin cuida da parte de criação e realização do evento. Educadores e mediadores do equipamento vão orientar as atividades. No momento da produção, será incentivado o protagonismo das crianças e a participação dos pais ou responsáveis na produção. “São eles que vão criar as imagens e vão pintar as imagens no próprio corpo”, reiterou Carlos Miguez.

A proposta é que as pessoas que se deixem fotografar para que as fotos sejam colocadas no mesmo dia nas redes sociais da Casa Museu, “até para poder apresentar o processo criativo delas”.

O evento começa nesse sábado, 5, às 15h, e ocorrerá em todos os sábados e domingos de novembro, no mesmo horário, com duração estimada de uma hora. O ingresso tem valor de R$ 5 por pessoa e pode ser adquirido no site da Casa Museu.

Exposição da 25ª edição do Projeto Respiração “Devir Indígena” na Casa Museu Eva Klabin, no Rio de Janeiro. (Tomaz Silva/ Agência Brasil)

Catálogo

O lançamento do catálogo referente ao Projeto Respiração “Devir Indígena” ocorrerá no dia 10 de novembro, das 19h às 21h. Nesse dia, os catálogos serão distribuídos gratuitamente a quem estiver presente na Casa Museu Eva Klabin. Desde 2014, o Programa de Educação promove debates e atividades lúdicas de investigação, criação e produção de pensamento crítico e poético sobre cultura, arte, educação e sociedade.

As ações são realizadas com público de diferentes faixas etárias e em cooperação com profissionais e instituições de educação formal e não formal, contribuindo na elaboração de importantes projetos artísticos e pedagógicos para o Rio de Janeiro.

A entrada no local é gratuita para professores e alunos da rede pública de ensino, pessoas com deficiência e seus acompanhantes. Os ingressos gratuitos estão sujeitos à lotação.

(*) Com informações da Agência Brasil

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.