Projeto pioneiro no Brasil realizará testes de malária em doadores do Hemoam a partir de junho

Atualmente, todo o sangue doado no Hemoam passa por testes de última geração, com alta sensibilidade, e a mais moderna tecnologia (Divulgação/Hemoam)

Com informações da assessoria

A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) se prepara para fazer testes de biologia molecular para detecção da malária em candidatos à doação de sangue. A previsão é que o projeto, inédito no Brasil, inicie até o mês de junho. O Hemoam será o primeiro hemocentro do País a fazer pesquisa do DNA do causador desta doença, no sangue dos doadores.

O projeto vai integrar a Rede NAT (Teste do Ácido Nucleico), que já existe para a detecção precoce de vírus como o HIV, Hepatite C e Hepatite B, garantindo maior segurança aos produtos hemoterápicos do País. A Rede NAT é composta por 14 plataformas em todo o Brasil e o Hemoam é o único Hemocentro responsável pelos testes dos Hemocentros da Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia), somando, em média, mais de 100 mil testes por ano.

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A inclusão do teste NAT PLUS para malária, ainda inédito no Brasil, foi uma demanda do Hemoam junto ao Ministério da Saúde, para o aumento da segurança transfusional no estado do Amazonas, por se tratar de área endêmica para malária. Os testes permitirão a identificação da doença, mesmo em assintomáticos, principalmente para as doações no interior do Estado.

Atualmente, pessoas oriundas do interior e áreas ribeirinhas, onde há maior concentração de casos de malária, são impedidas de doar devido estarem em área considerada endêmica. Com os testes, essas pessoas poderão se tornar aptas para doar, aumentando o volume anual de doações e contribuindo para estabilização do estoque de sangue.

(Imagem: Divulgação)

Para fazer o teste NAT PLUS para malária, será implantado um novo sistema no laboratório NAT, além da substituição dos equipamentos atuais, que já está em andamento. Os equipamentos e metodologia para o novo teste são fruto de um trabalho em conjunto da Coordenação do Sangue, do Ministério da Saúde, Instituto Bio-Manguinhos e Fiocruz.

O Hemoam também aguarda a chegada dos kits malária que já foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a adaptação dos laboratórios, é necessário realizar
treinamento e validação dos testes. “Além dos testes para malária, sabemos que, futuramente, com essa
nova plataforma NAT PLUS, conseguiremos fazer mais alvos de testes, incluindo outras doenças como dengue, zika, chikungunya e outras”, explicou o responsável técnico do Laboratório NAT, José Marcelo.

Atualmente, todo o sangue doado no Hemoam passa por testes de última geração, com alta sensibilidade, e a mais moderna tecnologia para detectar Hepatite B e C, Doença de Chagas, HIV, Sífilis e outras doenças que causam leucemias e afetam o sistema nervoso (HTLV) e imunológico.

“O Hemoam tem sido incansável, mesmo em época de pandemia, para garantir, além do fornecimento de sangue, a segurança transfusional. A gente já tem uma metodologia e equipamentos supermodernos, e agora temos a possibilidade de aumentar ainda mais a segurança”, disse a gerente do Laboratório de Sorologia – NAT, do Hemoam, Cláudia Abrahim.

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