Quem é Chloé Zhao, a cineasta chinesa que surge como favorita ao Oscar 2021
25 de abril de 2021
A diretora chinesa traz uma grande radiografia dos Estados Unidos no longa Nomadland (Arnold Turner/Getty Images)
Com informações do Metrópoles
A diretora chinesa Chloé Zhao chega ao Oscar 2021 como a favoritaça da temporada: depois do sul-coreano Bong Joon-ho levar Melhor Filme e Melhor Diretor, por Parasita, em 2020, os olhares para cineastas asiáticos aumentou. Porém, a próprio estrutura do prêmio deste ano, em meio à pandemia de Covid-19, dá mais sinais de que a realizadora de Nomadland será a vencedora da noite.
Chloé Zhao chega para a disputa do Oscar 21 tendo sido o principal nome nos eventos que antecedem a cerimônia: venceu o Globo de Ouro, o Leão de Ouro de Veneza e outros prêmios. Mas, quem é a cineasta chinesa que resolveu contar a saga de norte-americanos que, após a crise de 2008, vagam pelo país para sobreviver.
Nascida em Pequim, Chloé, de 39 anos, estudou na Inglaterra e cursou Ciências Políticas, em Los Angeles, e Cinema, em Nova York. Ao longo da carreira, apostou sempre no mistura de atores e não atores para contar suas histórias.
A estreia foi com Songs My Brothers Taught Me (Músicas que meus irmãos me ensinaram, em tradução livre), no ano de 2015. O longa conta a história da reserva indígena de Pine Ridge, onde a cineasta morou por dois meses.
Dois anos depois, ela lançou Domando o Destino (2017), longa sobre o peão de rodeio Brady Blackburn – com o não ator Brady Jandreay vivendo seu próprio drama na tela.
Nomadland: filme é o favorito para o Oscar 2021
O uso de não atores segue em Nomadland, mesmo que o papel principal seja interpretado por Frances McDormand (vencedora do Oscar por Fargo e Três Anúncios Para Um Crime).
No atual longa, que acumula seis indicações no Oscar 2021 (Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretora, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia), Chloé Zhao emprega seu estilo, que mistura uma radiografia social da américa (sob os olhos de uma imigrante chinesa) e uma narração esteticamente envolvente.
Próximos passos
Favorita ao Oscar 2021, Chloé Zhao também é cotada para emplacar uma das maiores bilheterias do ano – mesmo em meio à pandemia de Covid-19. Ela, em uma virada grande, comandará a próxima aposta da Marvel: Os Eternos, que estreará em 5 de novembro.
A superprodução, que trouxe o nome da cinemas para o grande público, também revelou uma grande polêmica com o mercado asiático – um dos mais disputados pelos atuais blockbusters.
Em entrevistas antigas, a cineasta fez críticas à censura estatal chinesa. As declarações, no entanto, não pegaram bem no país e motivaram ondes de protesto contra a diretora.
Xenofoboia
O nome de Chloé Zhao estar na disputa do Oscar 2021 ocorre no mesmo momento em que os Estados Unidos vive o surgimento de um movimento de caráter xenófobo.
Segundo reportagem do The New York Times, desde março de 2020, ao menos 110 episódios de violência contra asiáticos e descendentes de asiáticos nos Estados Unidos foram registrados. Os casos coletados são aqueles em que há a questão racial ficou explicita.
Entre os motivos apontados para a onda de violência estão o novo coronavírus, que teria tido o epicentro em Wuhan, na China, e outras expressões de preconceito racial.
“O New York Times tenta capturar o surgimento e o crescimento de um movimento antiAsian nos Estados Unidos”, afirma o jornal.
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