‘Reféns estavam com estoques no pescoço, enquanto presos cavavam túnel’, diz secretário de Segurança do AM

Afirmação foi feita pelo secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates. Foto: Divulgação

Da Revista Cenarium

MANAUS – O secretário de segurança pública, coronel Louismar Bonates, disse em entrevista após o fim da rebelião na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona leste de Manaus, que alguns reféns acabaram sendo machucados “porque estavam com estoques no pescoço”. Segundo Bonates, “o objetivo dessa rebelião era fazer uma fuga, pois eles estavam cavando um túnel”.

Além disto, durante a tentativa de retomar o controle e a ordem nas dependência da unidade prisional, alguns policiais levaram pedradas e também foram machucados pelos detentos.

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De acordo com a SSP-AM, a revolta foi controlada por volta das 10h30 deste sábado, 2. Após cerca de quatro horas de negociações, as forças policiais conseguiram encerrar o motim, sem registro de mortes.

O secretário de Administração Penitenciária, coronel Marcos Vinicius, o secretário de segurança pública, coronel Louismar Bonates, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ayrton Norte, conduziram a operação que contou com efetivos do Grupo de Intervenção Penitenciário e das tropas especializadas da Polícia Militar (Rocam, COE, Marte, CipCães), o Departamento de Operações Aéreas da Secretaria de Segurança e o Corpo de Bombeiros.

Dezessete pessoas tiveram ferimentos durante o motim, sendo dez agentes prisionais (três deles se machucaram ao pular das muralhas), cinco presos e dois policiais militares.

Segundo o titular da Seap, coronel Vinícius, a rebelião ocorreu após duas tentativas de fuga terem sido frustradas. Hoje, as equipes policiais localizaram o início de um túnel em uma das celas.

Encenação

“Existe uma necessidade de fuga, eles tentaram por duas vezes fazer túneis de fora para dentro, como eles viram que não tinha condições, porque a rotina lá dentro é muito forte, eles criaram todo esse pano de fundo para tentar criar uma distração e cavar o túnel de dentro para fora. O túnel está lá, já detectamos, tem escadas, tem tudo, e nós conseguimos impedir que eles conseguissem êxito”, disse.

Túnel foi cavado no momento em que presos escalaram caixas d’água da unidade. Foto: Divulgação

O comandante-geral da PM, coronel Ayrton Norte, exaltou o sucesso da operação em preservar vidas e evitar fugas. “A polícia já estava fazendo a contenção externa desde as primeiras horas da manhã, quando nós recebemos a informação de que havia eclodido. Infelizmente, eles quiseram partir para agressão. Começaram a quebrar telhas e jogar nos policiais, e nós agimos dentro da legalidade. Entramos e preservamos vidas”, enfatizou o comandante-geral.

Parte da unidade prisional foi destruída durante a rebelião. Houve depredação de grades, bebedouros e o telhado. A Seap não descarta transferência de presos que organizaram o motim.

Uma investigação será aberta para identificar os responsáveis. No momento, a Seap está realizando a contagem dos presos e revista dentro das celas.

(*) Com informações da Secretaria de Segurança Pública

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