Rejeição de Bolsonaro diminui chance de atual presidente se reeleger, segundo Ideia


25 de agosto de 2022
Rejeição de Bolsonaro diminui chance de atual presidente se reeleger, segundo Ideia
Estudo analisou histórico de avaliações de governos estaduais e federais e depois os resultados das urnas (Reprodução/Internet)
Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – Estudo do economista Maurício Moura, presidente da empresa de pesquisas Ideia, aponta que as chances de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão diretamente vinculadas a duas variáveis fora do tradicional índice de intenção de votos: a aprovação e reprovação do governo.

De acordo com o estudo, a partir do histórico de reeleição e aprovação de governos estaduais e federais, um índice de apoio acima de 50% daria ao presidente ou governador uma probabilidade de reeleição de 86%. Mas a média atual de eleitores que consideram o Governo Bolsonaro ótimo ou bom, de 34% na pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta quinta-feira, limita suas chances em 23%.

“A boa notícia para Bolsonaro, nas curvas das últimas pesquisas, é que a aprovação ao governo tende a subir, mais pela redução no preço dos combustíveis do que pelo reajuste no Auxílio Brasil. A má notícia é que a desaprovação ao governo segue alta demais, 46%”, compara Moura.

Entre os mais pobres, 54% consideram o Governo Bolsonaro ruim ou péssimo.

Histórico de pesquisas levantadas por Moura mostra que, hoje, o Governo Bolsonaro tem uma avaliação positiva levemente maior que o de Dilma Rousseff, em agosto de 2014, mas a desaprovação é muito maior.

“O saldo do governo é deficitário. O obstáculo de Bolsonaro será transformar a desaprovação em avaliação regular, depois para positiva e, finalmente, convencer este eleitor a votar pela reeleição. Tudo isso em pouco mais de um mês de campanha”, analisa Moura.

Correlação entre rejeição a Bolsonaro e voto em Lula no segundo turno

Na pesquisa Exame/Ideia, o ex-presidente Lula (PT) lidera com 44% das intenções de voto, mesmo número de julho. Já Bolsonaro saiu de 33% para 36%. O aumento de julho para agosto está na margem de erro da pesquisa e três pontos percentuais, para mais ou para menos, é o mesmo que o presidente ostentava em junho.

A análise da simulação para o segundo turno aponta outro obstáculo para Bolsonaro, sua rejeição. Metade dos eleitores entrevistados pela Exame/Ideia diz que Bolsonaro não merece ser reeleito, índice similar aos 49% obtidos por Lula contra o presidente na simulação de segundo turno.

“Existe uma correlação entre a rejeição ao presidente à votação de Lula no segundo turno. Comparando com eleições anteriores, no Brasil, e outros países, esse índice coloca o presidente em uma situação delicada”, relata Moura.

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